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Funcionário da petrolífera estatal da Venezuela detido por currupção

Foto EPA+
Foto EPA+

O chefe de lubrificadores da estatal Petróleos da Venezuela SA (PDVSA) foi quarta-feira acusado de corrupção pelas autoridades venezuelanas, elevando para três o número de profissionais da empresa detidos em menos de uma semana.

Em comunicado, a PDVSA explica que Óscar Rafael Aponte Landaeta, presidente de Óleos e Solventes Venezuelanos SA (VASSA), uma empresa que pertence à petrolífera venezuelana, foi detido na terça-feira.

“Esse cidadão, durante o exercício das suas funções, dedicou-se a desviar materiais estratégicos, como lubrificantes, graxas e ácido sulfónico, para outros estados (regiões) do país, que depois eram extraídos em contrabando para o estrangeiro; acções criminosas que foram cometidas pela manipulação dos sistemas de informáticos da empresa, ocultando irregularidades no despacho desses produtos”, explica.

Segundo o comunicado, da mesma forma “evidenciou-se a contratação fraudulenta de uma empresa para a aquisição de bens e produtos, a cobrança de comissões sobre o preço na contratação de serviços de transporte e o uso irregular das instalações da empresa para fins comerciais próprios e de terceiros”.

“O Ministério Público já iniciou a correspondente investigação penal, para determinar a responsabilidade desse cidadão perante estes graves factos de corrupção e outros delitos que o comprometem perante a justiça venezuelana”, lê-se.

Na última sexta-feira, dois outros funcionários da PDVSA foram detidos e acusados de entregar informações “estratégicas e sensíveis” aos Estados Unidos(EUA).

As detenções foram hoje confirmadas pela recentemente criada Comissão Presidencial Alí Rodríguez Araque (CPARA) para transformar a empresa petrolífera estatal venezuelana.

“A CPARA, na qualidade de garante da defesa e reestruturação da Pdvsa, informa o povo venezuelano que, na sexta-feira 28 de fevereiro de 2020, foram detidos os cidadãos Alfredo Marcial Chirinos Azuaje e Aryenis Torrealba, que ocupavam os cargos de Gerente de Operações Especiais e Gerente Geral de Operações de Petróleo, respectivamente”, explica um comunicado divulgado em Caracas.

“Ambos os funcionários são responsáveis pela entrega de informações estratégicas, sensíveis e de carácter confidencial ao governo dos EUA, para com elas atacar a indústria petrolífera, através da imposição de sanções ilegais e unilaterais, em violação do Direito Internacional”, sustenta.

Segundo a CPARA os acusados também se terão apoderado de “dados sobre as operações da indústria, em diferentes áreas, sobre a actividade de venda e comércio de petróleo venezuelano e sobre a capacidade logística” da PDVSA e “seus associados no mundo”.

“Esta traição miserável conferiu-lhes a qualificação por parte do governo dos EUA de ‘colaboradores de alto nível’”, sublinha.

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