Miguel Albuquerque esteve, esta manhã, na apresentação dos planos de recuperação económica, da União Europeia e de Portugal, em Cascais e confirmou que as linhas gerais são as que já eram conhecidas e que deverão representar, para a Madeira, fundos de cerca de 700 milhões de euros, a que se junta o quadro plurianual 2021-2027, com mais 1.200 milhões de euros.

“Tudo o que está lá já foi anunciado. O único problema que temos, neste momento, é que os fundos têm de vir muito rapidamente para Portugal e para a Região, porque estamos a perder muito tempo”, afirma o presidente do Governo Regional.

Albuquerque adiantou ao DIÁRIO que a perspectiva é que estes fundos é entrem em execução em Maio/Junho do próximo ano. “Estamos a nove meses dessa execução e o que é fundamental é termos mecanismos para introduzir na economia e sustentar a empregabilidade e os apoios sociais. Isso, para nós, é que é o grande problema”, explica.

O presidente do Governo Regional considera que, face à situação pandémica e às quebras no turismo, esse “hiato é muito tempo, quase um ano”, o que aumenta as preocupações.

“Na Madeira, neste momento, estamos a fazer a reprogramação dos apoios às empresas, mas a minha ideia é já consignar uma verba do empréstimo para fazer apoio às empresas, sobretudo de restauração e área ligada ao turismo. É possível ter uma empresa com algum capital para se manter a funcionar, sem receitas, durante três ou quatro meses, mas um ano é muito difícil”, afirma.

Miguel Albuquerque considera fundamental “avançar rapidamente para assegurar o funcionamento das empresas”. Esse é o grande problema e não saber os montantes nem a forma de utilização dos fundos.

Sobre o empréstimo, de 458 milhões de euros, ainda não está garantido o aval do Estado, mas a operação avança na mesma.

“O que é novo é que neste orçamento já vamos apresentar um quadro de apoio regional para a manutenção do emprego e postos de trabalho”, garante.