1.500 estrangeiros confinados na Turquia após bloqueio no aeroporto
A Turquia colocou hoje em confinamento cerca de 1.500 pessoas, maioritariamente argelinos, que se encontravam há vários dias bloqueados no principal aeroporto de Istambul, na sequência da anulação dos voos devido à pandemia do novo coronavírus.
Os passageiros, entre os quais também se contam tunisinos e jordanos, foram transportados de autocarro para uma residência de estudantes em Karabük, no norte da Turquia, onde ficarão albergados, informa a agência de notícias DHA.
Estes cidadãos encontravam-se retidos no aeroporto Istambul, o maior da capital económica turca, porque os países de origem interditaram os voos com a Turquia no quadro das medidas de proteção contra a propagação da covid-19,
O Ministério dos Negócios Estrangeiros argelino garantiu hoje que os cidadãos argelinos bloqueados na Turquia serão repatriados após cumprirem o período de quarentena e as respetivas identidades verificadas.
“Todas as medidas foram tomadas em coordenação e cooperação com as autoridades turcas, esperando-se agora a respetiva identificação”, precisou, em comunicado.
Na terça-feira, o operador do aeroporto, IGA, tinha anunciado que mais de mil passageiros argelinos estavam retidos há vários dias, acrescentando que o Governo turco tudo estava a fazer para convencer a Argélia a autorizar a aterragem destes voos.
Argel suspendeu, em 19 de março, todas as ligações provenientes de países europeus, com várias capitais africanas e Médio Oriente.
O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlüt Cavusoglu, reuniu-se hoje com os homólogos argelino e tunisino, para abordar esta situação.
Na Turquia, 2.433 pessoas estão infetadas pela covid-19, doença que já provocou 59 mortes neste país.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com quase 275.000 infetados e 16.000 mortos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 8.165 mortos em 80.539 casos registados até hoje.