PSD-Madeira critica programa do Governo da República para 2020
“É inadmissível que o primeiro-ministro António Costa tenha omitido as questões pendentes com a Madeira do seu discurso sobre o Programa de Governo e é lamentável que a única referência, vaga, tenha saído quase forçada a propósito do novo Hospital, com o qual se compromete sem, todavia, adiantar nem como nem quando nem através de que valores”.
É desta forma que a deputada social-democrata Sara Madruga da Costa reage aos discursos que hoje, na Assembleia da República, marcaram a abertura do debate sobre o Programa de Governo nacional para 2020, vincando ser “lamentável que o Governo da República, ora empossado, tenha evidenciado, nesta sua estreia e, concretamente na pessoa de António Costa, a mesma postura discriminatória de sempre para com a Região, que ignorou e relegou para segundo plano, tal como o fez no documento ora em apreciação”.
Sara Madruga da Costa que reitera o compromisso do PSD nesta e nas restantes matérias que se encontram pendentes com o Governo da República: “da nossa parte, nós, deputados social-democratas, continuaremos a trabalhar para que o Estado Português assuma as suas responsabilidades e cumpra com os seus compromissos e, tal como desde a primeira hora, continuaremos a exigir que o financiamento para novo Hospital da Madeira seja clarificado e cumprido”, disse.
Paulo Neves também desagradado
“Para quem está disposto a criar novas estruturas tendentes a assegurar a concertação com as Autonomias regionais, deixou muito a desejar o discurso do Primeiro-ministro António Costa, hoje, na abertura da discussão sobre o Programa de Governo para 2020. Um discurso que mais uma vez omitiu quaisquer referências aos dossiês estruturantes que se encontram pendentes com a Madeira, nomeadamente o da mobilidade, dossiês que, de forma recorrente, continuam a ser protelados pelo Governo da República”.
A afirmação é do deputado social-democrata Paulo Neves que, perante o discurso de António Costa, diz não compreender como é que o Governo da República pretende criar um Conselho de Concertação para fomentar o diálogo com as duas Regiões Autónomas de Portugal quando, nas circunstâncias em que tem a oportunidade de valorizar a Autonomia e de vincar o seu compromisso com os residentes nas Ilhas, o Primeiro-ministro omite os problemas e relega, para segundo plano, as questões que directamente nos preocupam”.
Paulo Neves que afirma que esta nova estrutura que António Costa pretende criar acaba por ser mais uma redundância do Partido Socialista: “Se é para valorizar os órgãos próprios das Regiões Autónomas, então valorizem-se os órgãos que já existem e que estão legitimados, pelo povo, como é o caso do Governo Regional da Madeira, para dialogar e para encontrar, conjuntamente, as melhores soluções”, refere, deixando claro que, da parte do PSD, “existe e sempre existiu, desde a primeira hora, toda a vontade de dialogar e de trabalhar conjuntamente”.
“Aquilo que espero e que todos os Madeirenses esperam do Primeiro-ministro de Portugal é que assuma um perfil completamente diferente daquele que assumiu nos últimos quatros anos. Hoje, não foi um bom principio”, rematou.