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Primeira plataforma portuguesa de comércio ‘online’ ultrapassa 1,5 milhões de produtos disponíveis

O Doot foi lançado oficialmente em Maio deste ano

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O presidente executivo da Dott, Gaspar D’Orey, disse à Lusa que a plataforma de comércio electrónico ultrapassou 1,5 milhões de produtos disponíveis neste ‘marketplace’, meio milhão acima da meta estabelecida até final do ano.

Lançado oficialmente em Maio deste ano, o Dott “está a correr bastante bem”, afirmou o gestor, fazendo um balanço positivo dos quase cinco meses de vida do “primeiro ‘marketplace’ [plataforma] português”, fruto de uma parceria entre a Sonae e os CTT.

Aquando do lançamento do Dott, a empresa tinha como objectivo acabar o ano com um milhão de produtos disponíveis na plataforma ‘online’.

“Neste momento acabámos de ultrapassar 1,5 milhões de produtos, o que é óptimo”, sublinhou o presidente executivo da Dott.

Isto significa que há “muito mais oferta disponível para os portugueses, que vai desde a moda e calçado”, passando por “acessórios para veículos” até aos “animais, saúde e beleza, que são das categorias que mais se vendem” na plataforma electrónica.

Por exemplo, o segmento casa e jardim “equivale a cerca de 10% das nossas vendas todos os meses, algo que não estávamos minimamente à espera”, confidenciou Gaspar D’Orey.

Aliás, o tipo de produtos vendidos na plataforma ‘online’ “é do mais díspar, desde casas para insectos até empurra cutículas”, comentou o gestor, adiantando que o Dott ultrapassou as “7.500 marcas diferentes” disponíveis neste ‘mercado online’.

Outra das novidades é que os clubes de futebol estão a entrar no ‘marketplace’ para vender ‘merchandising’, disse, sendo que o Benfica já entrou, o Porto acaba de entrar e o Sporting também, tal como a Federação Portuguesa de Futebol.

“Para ver a diversidade de vendedores”, disse, temos um “que só vende camisolas de clubes de futebol para cães” e é português, revelou.

“De todos os compradores que compram num certo mês, no mínimo 10% deles voltam no mês seguinte”, disse, considerando ser um bom indicador.

“Queremos criar esse hábito de recorrência e de conveniência”, sublinhou o presidente executivo do Dott.

A entrada do Dott, um parceiro português, no comércio ‘online’, é a resposta que os consumidores portugueses procuravam, já que em Portugal as compras ‘online’ ainda são pequenas. A questão da segurança das transacções é uma das preocupações levantadas pelos consumidores no que respeita o comércio electrónico.

O Dott oferece “meios de pagamento de que os portugueses gostam”, que vão desde o pagamento através de multibanco por referência, passando pela utilização de cartões de crédito e débito, e ainda pagamentos em dinheiro através da Payshop.

“Ultrapassámos as 560 empresas a vender aqui no Dott, o que contrasta com as 400 que tínhamos quando abrimos, em maio”, prosseguiu.

Sobre o perfil dos compradores na plataforma, Gaspar d’Orey apontou são famílias que querem comprar de forma conveniente, próxima e ao melhor preço, com idades compreendidas entre 25 e 45 anos.

“Entregamos entre quatro a cinco encomendas nas ilhas todos os dias”, sendo que “a maioria do comércio ‘online’ não entrega” nos arquipélagos, acrescentou.

A título de curiosidade, o Dott regista entregas no Algarve a residentes estrangeiros, uma das comunidades mais activas no comércio ‘online’.

A empresa, que não revela dados de facturação para já, tem como objectivo atingir os 100 mil clientes até final de Dezembro.

“Para lá caminhamos de forma bastante activa”, afirmou o presidente executivo, apontando que o Dott tem “cerca de 500 mil utilizadores todos os meses e mais de três milhões de visitas”.

Além disso, “cerca de 60% das nossas visitas já são segundas visitas” à plataforma ‘online’.

“Não posso adiantar números de facturação, mas posso dizer que estamos com 15 mil produtos a entrar todos os dias”, quando em maio entravam 1.000 diariamente.

A Sonae e os CTT já investiram cerca de cinco milhões de euros na plataforma, que conta com 40 pessoas entre Lisboa e Porto.

Questionado sobre se admite internacionalizar o Dott, Gaspar D’Orey afirmou que “a componente internacionalização não é uma prioridade”, mas está no pensamento do gestor.

“Temos de consolidar primeiro aqui” e depois encontrar mercados com características semelhantes ao de Portugal: consumidores que compram pouco ‘online’, o que corresponde a menos de um terço anualmente, e vendedores cujas receitas de retalho na Internet representam menos de 3%.

Para já, “há muito espaço para crescer” em Portugal, considerou.

Uma das apostas do Dott é colocar a “marca na cabeça” dos portugueses, tendo lançado a campanha onde afirma que vai “oferecer 7,5 milhões de euros aos portugueses”, através da oferta de ‘vouchers’.

Uma das apostas do Dott passa pelo Black Friday e Natal, período em que as compras têm um peso significativo no comércio.