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Presidente do parlamento dos Açores diz que autonomia é instrumento de progresso

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A presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Ana Luís, considerou hoje que a autonomia regional é o “melhor instrumento” para o progresso do arquipélago, embora esse caminho seja “trabalhoso”.

“Perante as dificuldades do caminho, a solução é ultrapassar os desafios, em união de esforços, num esforço conjunto com um objetivo único, o melhor para os Açores”, disse Ana Luís, falando no concelho da Calheta, na ilha de São Jorge.

A presidente do parlamento insular falava no Dia da Região Autónoma dos Açores, que este ano se assinala em São Jorge.

Para Ana Luís, a autonomia regional, “apesar de jovem”, é uma “realidade sólida” que garantiu aos Açores “professo social, económico, cultural e político”.

“O processo autonómico não é estanque e deve ser aprofundado, melhorado e até renovado, sempre de acordo com as exigências dos nossos concidadãos”, prosseguiu.

Para a responsável socialista, é necessário também enfrentar o problema da abstenção nos atos eleitorais.

“O que aconteceu nestes últimos 45 anos para que passássemos da luta pelo voto livre ao desprendimento em relação à importância do voto?”, questionou Ana Luís.

No dia de hoje serão agraciadas 29 entidades e personalidades da região.

O Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo, que está dependente do Comando da Zona Marítima dos Açores, irá receber a Insígnia Autonómica de “Valor”, a mais elevada das condecorações atribuídas na região, destinadas a premiar instituições ou personalidades que se tenham destacado na história, na cultura, na arte, no pensamento e na política açorianas.

Com a Insígnia Autonómica de “Reconhecimento”, serão distinguidos o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), o velejador Genuíno Madruga, o professor e escritor Manuel Tomaz, o fotógrafo marinho Nuno Sá, e o músico Francisco Lacerda o investigador Frederico Machado (ambos a título póstumo).

As insígnias honoríficas açorianas premeiam também o “Mérito Profissional”, que neste ano será atribuído a Carlos Enes, ex-deputado à Assembleia da República, enquanto o “Mérito Industrial, Comercial e Agrícola” será atribuído a Renato Goulart, guia da montanha da ilha do Pico, ao antigo empresário Vasco Elias Bensaúde (a título póstumo) e à Confraria do Queijo de São Jorge, entre outros.

Entre as figuras e instituições que irão receber a Insígnia autonómica de “Mérito Cívico”, destaque para a Associação Cultural AngraJazz, o Clube Desportivo Escolar Flores, a filarmónica “Clube União Instrução e Recreio”, a Casa de Saúde de São Rafael e a Casa de Saúde de São Miguel e ainda a Santa Casa da Misericórdia das Velas.