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Preço de venda de casa na Madeira superior ao valor nacional

O preço mediano de venda de habitação em Portugal aumentou para 1.011 euros por metro quadrado, no 1.º trimestre de 2019

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O preço mediano de venda de habitação em Portugal aumentou para 1.011 euros por metro quadrado no primeiro trimestre deste ano, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), destacando o crescimento registado nos concelhos da Amadora e Porto.

Apesar de Lisboa continuar a registar os preços mais elevados do país, na ordem dos 3.111 euros por metro quadrado (Euro/m2), “Amadora (+22,7%) e Porto (+22,0%) registaram as taxas de crescimento homólogo mais elevadas entre as cidades com mais de 100 mil habitantes”, segundo as estatísticas de preços da habitação ao nível local, relativas ao primeiro trimestre deste ano.

De acordo com os dados do INE, o preço mediano de venda de habitação em Portugal foi de 1.011 Euro/m2 no primeiro trimestre deste ano, o que representa “um aumento de +1,5% relativamente ao trimestre anterior e +6,4% relativamente ao trimestre homólogo”.

Durante o período em análise, 46 municípios portugueses, localizados no Algarve (1.562 Euro/m2), na Área Metropolitana de Lisboa (1.355 Euro/m2) e na Região Autónoma da Madeira (1.197 Euro/m2), apresentaram um preço mediano de venda de habitação superior ao valor nacional.

Depois de Lisboa (3.111 Euro/m2), os concelhos com o preço mediano de vendas de habitação mais elevado do país, com valores acima de 1.500 Euro/m2, são Cascais (2.389 Euro/m2), Oeiras (2.062 Euro/m2), Loulé (1.983 Euro/m2), Lagos (1.800 Euro/m2), Albufeira (1.761 Euro/m2), Porto (1.682 Euro/m2), Tavira (1.669 Euro/m2), Odivelas (1.563 Euro/m2), Lagoa (1.544 Euro/m2), Funchal (1.542 Euro/m2) e Vila Real de Santo António (1.534 Euro/m2).

“As cidades de Vila Nova de Gaia (1.004 Euro/m2) e Braga (833 Euro/m2) mantiveram, tal como em trimestres anteriores, preços inferiores ao valor nacional”, de acordo com os dados estatísticos.

No concelho de Lisboa, três das 24 freguesias lisboetas verificaram “preços superiores a 4.000 Euro/m2”, designadamente Santo António, Santa Maria Maior e Misericórdia, apurou o INE.

Em relação ao Porto, entre as sete freguesias da cidade, a União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde foi a que registou o preço mediano dos alojamentos vendidos mais elevado (2.324 Euro/m2).

Relativamente à amplitude de preços entre municípios, a Área Metropolitana de Lisboa foi a sub-região onde se verificou a maior diferença, na ordem dos 2.437 Euro/m2, enquanto o menor valor registou-se na Moita (674 Euro/m2), destacando-se ainda o Algarve, a Região Autónoma da Madeira e a Área Metropolitana do Porto com diferenciais de preços entre municípios superiores a 1.000 Euro/m2.

Segundo as estatísticas de preços da habitação ao nível local, no primeiro trimestre deste ano, em Portugal, o preço mediano de vendas de alojamentos novos foi de 1.132 Euro/m2 e para os alojamentos existentes o valor situou-se em 991 Euro/m2.

Neste âmbito, as sub-regiões Área Metropolitana de Lisboa (1.769 Euro/m2), Algarve (1.695 Euro/m2), Região Autónoma da Madeira (1.340 Euro/m2) e Área Metropolitana do Porto (1.200 Euro/m2) apresentaram um preço mediano de venda de alojamentos novos acima do valor nacional, indicou o INE, acrescentando que “no caso dos alojamentos existentes apenas três destas sub-regiões superaram o referencial nacional”, com o preço mais elevado a verificar-se no Algarve (1.534 Euro/m2), seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (1.307 Euro/m2) e a Região Autónoma da Madeira (1.159 Euro/m2).

Entre as 25 NUTS III (Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins estatísticos) em Portugal, o menor preço mediano de alojamentos existentes e novos vendidos verificou-se no Alto Alentejo (440 Euro/m2 e 630 Euro/m2, respetivamente) e, à semelhança de trimestres anteriores, a Área Metropolitana de Lisboa apresentou a maior diferença entre o preço de alojamentos novos e o de alojamentos existentes (462 Euro/m2).

Produzidas pelo INE, as estatísticas de preços da habitação ao nível local em Portugal têm periodicidade trimestral, analisando os alojamentos familiares transaccionados por venda no território nacional, através do aproveitamento de fontes administrativas, nomeadamente dos dados fiscais anonimizados obtidos da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), relativos ao Imposto Municipal sobre as Transacções Onerosas de Imóveis (IMT) e ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).