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Portugal compreende ataque dos Estados Unidos mas defende posição da ONU e UE

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Portugal “compreende” os aliados que actuam em retaliação a “crimes de guerra” disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros referindo-se ao bombardeamento norte-americano contra a Síria sublinhando que são precisas posições unidas da ONU e da União Europeia.

“Portugal compreende as posições dos seus aliados que são posições que procuram medidas de retaliação a crimes de guerra”, disse o chefe da diplomacia portuguesa quando questionado pelos jornalistas sobre o ataque norte-americano contra posições militares do regime de Damasco, na Síria.

“Aguardamos ainda informação por parte das autoridades norte-americanas e aguardamos ainda as discussões no seio do Conselho de Segurança (ONU) e estamos ainda em consulta no quadro dos nossos aliados europeus para que possa haver uma posição unida e uma reação da Europa. Estamos ainda nesse processo de consulta”, acrescentou o ministro Augusto Santos Silva.

O ministro dos Negócios Estrangeiros falava à margem de um seminário sobre Assistência Humanitária e Protecção de Civis que decorre no Palácio das Necessidades, em Lisboa.

Sobre o ataque químico atribuído às forças Sírias, o ministro dos Negócios Estrangeiros sublinhou que há uma investigação em curso no Conselho de Segurança mas que todos os sinais “indiciam que no ataque de que resultaram cerca de 90 mortos na Síria”, terça-feira, foram “flagrantemente violadas” as leis da guerra, designadamente por via do uso das armas químicas.