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Ministro da Defesa aponta prioridade à segurança marítima e afirma empenho na NATO

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O ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, apontou hoje a segurança marítima e o reforço das capacidades do país nesta área como prioridade e reafirmou “o empenho” para com a NATO.

Em conferência de imprensa no Ministério da Defesa, Lisboa, José Azeredo Lopes considerou “muito importante” a visita do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, a Portugal, num quadro em que a Organização se aproxima de “um novo passo importante” com “mudanças na estrutura de comando”.

Ao lado do secretário-geral da NATO, Azeredo Lopes referiu que Portugal “tem a intenção de lançar um centro de segurança do Atlântico” e a “intenção de investir na segurança marítima”, domínios que disse serem a “vocação natural do Estado português”.

Neste âmbito, Azeredo Lopes destacou a missão da Marinha portuguesa em São Tomé e Príncipe, para a capacitação e formação da guarda costeira e das autoridades marítimas daquele país e com isso reforçar a segurança da navegação na região do Golfo da Guiné.

“Portugal é um membro fundador da NATO e isso tem de ter expressão na forma como nos expressamos nas operações e missões. Aumentámos em 10 por cento o numero de militares envolvidos em missões NATO. É um contributo relevante e importante”, disse, afirmando que também desta forma Portugal contribui para o “esforço comum” dos países aliados na construção da segurança e defesa.

Sobre as mudanças na estrutura de comandos da NATO, Azeredo Lopes disse que “Portugal apoia a iniciativa da organização”, mas ressalvou que ainda não se está na fase de discutir localizações.

Questionado pela Lusa sobre se Portugal terá condições para acolher uma estrutura de comando da NATO, no seguimento da reorganização interna, Jens Stoltenberg disse que haverá decisões sobre “a adaptação” da estrutura de comandos em fevereiro, mas não ainda sobre a localização.

Quanto aos comandos, declarou, “há vários elementos, um deles é saber que há uma proposta a estabelecer um novo comando do Atlântico, é um dos elementos que vamos ter de decidir em fevereiro”.

“Estamos no processo de tomar decisões e a primeira é se teremos um novo comando para o Atlântico, mas ainda não estamos no momento de tomar decisões sobre a localização, mas recebo com agrado todas as iniciativas e propostas de Portugal”, concluiu Jens Stoltenberg.