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Coronavírus País

Hotéis do Porto com cancelamento de reservas por prevenção

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Vários hotéis do Porto estão a receber cancelamentos de reservas de grupos de turistas da China, Tailândia, EUA, Itália e Grécia, mas a associação de hoteleiros diz que as anulações devido à epidemia do coronavírus Covid-19 são ainda residuais.

“Temos tido alguns pedidos de cancelamentos de grupos com 20 a 40 pessoas provenientes da Tailândia e da China e o motivo que apresentam é o coronavírus [Covid-19]”, refere Marcelo Guedes, executivo de vendas no Hotel Monumental Palace, localizado na Avenida dos Aliados do Porto.

Segundo Marcelo Guedes, os cancelamentos começaram a registar-se desde há 15 dias.

No Hotel Inca, na zona de Cedofeita, o volume de reservas canceladas nos últimos dois dias foi na ordem das 40 pessoas, disse à Lusa Armanda Silva, chefe de recepção naquela unidade.

“Dois grupos, um oriundo de Itália e outro da Grécia, cancelaram na terça e quarta-feira passadas, respectivamente”, acrescentou.

No Hotel NH Collection Porto também há registos de cancelamentos de reservas relacionados directamente com o coronavírus.

“Houve quatro cancelamentos de clientes norte-americanos nos últimos dias”, declarou Bruno Monteiro, funcionário daquela unidade hoteleira, localizada na Praça da Batalha, no centro do Porto.

No Grande Hotel do Porto, localizado na Rua de Santa Catarina, houve “dois cancelamentos de reservas esta semana de clientes provenientes de Itália”, adiantou António Moreira, do departamento de reservas da unidade hoteleira.

Em entrevista telefónica à Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo (APHORT), Rodrigo Pinto Barros, admitiu que a epidemia do coronavírus Covid-19 está a preocupar os associados -- 6.500 hoteleiros de Norte a sul do país -- e que todos foram avisados para seguirem as recomendações da Direção Geral de Saúde (DGS) para as políticas de prevenção e higiene.

“O turismo é sensível a esta situação [da eventual pandemia], mas para já os cancelamentos são residuais. Há grupos a cancelar por precaução, mas a situação está sob controlo”, acrescentou o presidente da APHORT.

O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infectadas, de acordo com dados reportados por 48 países e territórios.

Das pessoas infectadas, mais de 33 mil recuperaram.

Além de 2.744 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.

Em Portugal, a DGS registou 25 casos suspeitos de infecção, sete dos quais ainda estavam em estudo nesta quarta-feira à noite.

Os restantes 18 casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos.

No seu primeiro boletim diário sobre a epidemia, divulgado na quarta-feira, a DGS indicou que, “de acordo com a informação actual, o risco para a saúde pública em Portugal é considerado moderado a elevado”.

O único caso conhecido de um português infectado pelo novo vírus é o de um tripulante de um navio de cruzeiros que foi internado num hospital da cidade japonesa de Okazaki, situada a cerca de 300 quilómetros a sudoeste de Tóquio.

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