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Henrique Barros é o novo presidente do Conselho Nacional de Saúde

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Henrique Barros, ex-coordenador Nacional para a Infecção VIH/Sida, é o novo presidente do Conselho Nacional de Saúde, substituindo Jorge Simões que renunciou ao cargo invocando “motivos pessoais”, uma mudança publicada hoje em Diário da República.

O antigo presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Jorge Simões, renunciou ao cargo em meados de outubro, poucos dias após a sua mulher Marta Temido ter tomado posse como ministra da Saúde.

Designado pelo Conselho de Ministros, este órgão consultivo do Governo passa a ter como presidente José Henrique Dias Pinto Barros.

Licenciado e Doutorado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), Henrique Barros é professor Catedrático daquela faculdade, sendo também diretor do Departamento de Ciências da Saúde Pública e Forenses, e Educação Médica da FMUP.

Henrique Barros exerce ainda o cargo de presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e coordena a Unidade de Investigação em Epidemiologia do ISPUP, lembra a resolução do Conselho de Ministros publicada hoje em Diário da República.

Entre 2005 e 2011 foi Coordenador Nacional para a Infeção VIH/Sida tendo recebido um Louvor Público do Ministério da Saúde pelo trabalho desempenhado como coordenador do programa nacional de prevenção e controlo da infeção VIH/SIDA.

Henrique Barros preside ainda várias instituições tais como a IEA - International Epidemiological Association ou o Comité Científico Consultivo Externo do CIBERESP, Centro de Investigación Biomédica en Red de Epidemiología y Salud Pública.

É também vice-presidente do Conselho Consultivo da Entidade Reguladora da Saúde, tendo desenvolvido trabalho em áreas como a epidemiologia clínica e perinatal, as doenças cardiovasculares, infecciosas e o cancro.

O trabalho que desenvolveu em torno da epidemiologia em Portugal também foi distinguido com o prémio Luís Cayolla da Motta da Associação Portuguesa de Epidemiologia como reconhecimento da sua dedicação.

Entre 2004 e 2012 foi membro do Conselho Científico para as Ciências da Saúde da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, tendo também pertencido à comissão executiva da Comissão de Ética para a Investigação Clínica (entre 2009 e 2016) e ao comité científico da Science Europe (MED) (entre 2012 e 2015).

Integrou ainda a Comissão Científica Independente de Controlo e Fiscalização Ambiental da Coincineração e a Comissão de peritos que acompanhou a situação de encerramento do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

Foi agraciado com a Medalha de Serviços Distintos do Ministério da Saúde, grau ouro, lê-se ainda na resolução do Conselho de Ministros.