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Embaixada do Brasil lamenta morte de brasileira durante acção policial em Lisboa

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A embaixada brasileira em Lisboa lamentou hoje a morte de uma brasileira durante uma ação policial na madrugada de quarta-feira, em Lisboa, estando a acompanhar o caso.

“Tomou-se conhecimento, hoje, 16 de novembro, de que a pessoa morta em ação policial durante a madrugada de ontem (quarta-feira), em Lisboa, era nacional brasileira. A Embaixada lamenta profundamente o ocorrido”, lê-se numa declaração enviada pela embaixada brasileira em Lisboa à agência Lusa.

De acordo com o texto, “a família da vítima já entrou em contato com o Consulado-Geral do Brasil em Lisboa, que prestará o apoio cabível”.

“A embaixada acompanha atentamente o caso e aguarda novas informações a respeito do inquérito com vistas a determinar o curso de ação a ser tomado”, referiu ainda a declaração da embaixada brasileira.

A brasileira foi atingida a tiro pela polícia na madrugada de quarta-feira, depois de a viatura em que seguia ter sido confundida com uma outra envolvida num assalto a uma caixa multibanco em Almada e que seguiu em fuga para Lisboa.

De acordo com a PSP, o condutor da viatura em que estava a brasileira não obedeceu a ordem de paragem dos polícias na zona da Encarnação e colocou-se em fuga, tentando atropelar os agentes, que abriram fogo. O condutor voltou a não obedecer a ordem de paragem de uma outra equipa de polícias, tendo sido a viatura intercetada logo depois.

O homem que conduzia a viatura em que estava a brasileira foi detido por condução sem habilitação legal, por desobediência ao sinal de paragem e por condução perigosa.

A Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) já abriu um inquérito para apurar em que circunstância ocorreu a morte de uma mulher durante a ação policial em Lisboa.

O ministro da Administração Interna assegurou hoje que “tudo será apurado” em relação ao incidente que culminou com a morte da brasileira.

Maria Luzia Silva Carvalho da Costa, mãe da brasileira morta, em declarações ao portal de notícias G1 disse que a filha mudou-se para Portugal com 19 anos e desde então trabalhava no mesmo emprego, em uma loja no aeroporto de Lisboa.

“Ela gostava de morar em Portugal. Eu sempre falava para ela ‘vem embora Nicinha, vem embora Nicinha’, e ela não vinha”, declarou.

Maria Luzia Silva Carvalho da Costa, que mora em Amaporã, no noroeste do Paraná, declarou que não tem dinheiro para transferir o corpo para o Brasil e espera que o Governo português providencie o envio.