Associações que apoiam pessoas com diabetes desempenham “papel fundamental”
As associações que apoiam pessoas com diabetes desempenham um “papel fundamental” e são consideradas uma “ferramenta essencial” pela Federação Portuguesa de Associações de Pessoas com Diabetes (FPAD), que hoje iniciou o seu I Congresso Nacional.
A FPAD está a realizar até sábado, na Casa Municipal da Cultura de Mêda, no distrito da Guarda, o I Congresso Nacional das Associações de Pessoas com Diabetes, que junta cerca de 200 participantes.
“Este encontro é para falar da diabetes, como é que estamos em relação à diabetes em Portugal e em relação às novas tecnologias, aos avanços científicos, e reconhecer o papel fundamental das Associações de Pessoas com Diabetes”, disse à agência Lusa a presidente da FPAD, Emiliana Querido.
Segundo a responsável, as associações “fazem um papel importantes” e não são reconhecidas como sendo “uma ferramenta essencial” no apoio aos doentes.
“As associações representam uma força de trabalho e de competência muito importante. Nós temos de as valorizar e de as ajudar a trabalhar melhor”, declarou a responsável que dirige uma entidade que congrega 15 colectividades.
Durante os trabalhos são abordados temas como “A diabetes em Portugal: Presente e futuro”, “Desporto e diabetes: São compatíveis?” e “O Associativismo na diabetes e as redes comunitárias em Saúde”, entre outros.
Emiliana Querido disse à Lusa que o Congresso Nacional pretende colocar a diabetes “na ordem do dia” e colocar o foco “nas associações e no trabalho local”.
“O tema central deste debate é conhecermos as associações que existem e reconhecer-lhes o papel fundamental na ajuda ao apoio terapêutico e ao apoio social, à integração e à ligação que fazem da consulta até à vida social da pessoa com diabetes e das suas famílias”, disse.
Na opinião da dirigente, as associações “são a ponte que conseguirá aplicar na vida da pessoa com diabetes e nas suas famílias, aquilo que, na consulta, a terapia vai exigir”.
No arranque do congresso nacional, que será o primeiro de vários que a FPAD tenciona promover, a sua presidente assume que as associações são “uma instituição central” no apoio prático às pessoas com a doença.
Com a iniciativa que decorre até sábado na cidade de Mêda, no Interior do país, a FPAD também pretende “por as associações a falarem umas com as outras, a mostrarem o seu trabalho e a refletirem sobre aquilo que ainda é preciso fazer para fazerem um trabalho cada vez melhor, no sentido de proporcionar às pessoas com diabetes uma melhor qualidade de vida”.
Sobre a resposta que é dada à doença em Portugal, Emiliana Querido disse que “muita coisa melhorou” nos últimos dez anos e que é necessário implementar essa melhoria na vida das pessoas “de uma forma mais célere e prática”.
“O que estamos a ver é que, realmente, é preciso olhar mais para a diabetes, valorizar mais o trabalho que se tem feito e apoiar para que cada vez se trabalhe melhor”, rematou.