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Uma nova forma de governação

A Região Autónoma da Madeira, prepara-se para abrir um novo ciclo no seu percurso político-administrativo, com a aproximação das próximas eleições legislativas regionais de 22 de Setembro. A Autonomia regional, atendendo ao pulsar do povo da Madeira e do Porto Santo, poderá presenciar um virar de página, histórico, no que concerne à governação da Região. O que tem acontecido, nos últimos tempos, em múltiplos países europeus onde existem regiões autónomas, é a constituição de governos autonómicos que decorrem de coligações entre dois ou mais partidos! Se olharmos para os nossos vizinhos de Espanha, das 17 autonomias que constituem o Estado espanhol, 15 são governadas, ou estão em vias de o ser, por coligações de pelo menos 2 partidos! A experiencia da Andaluzia que, após uma governação de maioria absoluta de quase 40 anos do partido socialista, passou para um governo apoiada por 3 partidos: PP, Cidadãos e Vox, é o exemplo de como um povo votou num novo modo de governação, alicerçado no diálogo, na concertação e no consenso de projectos e programas partidários, acabando de vez, com o quero posso e mando, o poder absoluto de um só partido que perdurou na Andaluzia todos esses anos! O povo da nossa Região prepara-se para seguir o bom exemplo dos andaluzes, vindo a terminar, no próximo dia 22, com a maioria absoluta, diria mesmo absolutíssima, de um só partido a governar esta terra! A história política ocidental é um excelente exemplo da evolução dos regimes democráticos, pois os cidadãos passaram a rever-se menos nos ideários e programas partidários e mais nos valores e nas causas que de um modo mais imediato os fazem sentir a necessidade de ir votar! Hoje vota-se pela sustentabilidade dos territórios onde vivemos, fruto de economias sustentadas em políticas de defesa do ambiente, da preservação do bem estar dos ecossistemas onde teremos de viver em harmonia com outras espécies e não somente nas ideologias partidárias! Importante é, sobretudo, que os líderes dos partidos, plasmem esse novo pulsar das populações através de propostas sérias, plausíveis, honestas que possam concretizar chegando a governar! O CDS Madeira, através de Rui Barreto, encarna verdadeiramente esse novo pulsar, assim como a renovação que a política regional precisa e que o povo da Madeira e do Porto Santo transparece no seu querer para o futuro. Chegou a hora de não deixar tudo igual! A Autonomia é um direito inalienável, conquistado democraticamente, consagrado constitucionalmente e o CDS jamais permitirá que de Lisboa, seja quem for, alguma vez se tente impor ao povo da nossa terra um cordão sanitário que belisque essa conquista que nos permitiu, desde 1976, decidirmos como nos devemos governar! O dia depois de 22 de Setembro será, porventura, o segundo dia mais importante da história destes 43 anos de democracia autonómica da Região! O primeiro foi, obviamente, aquele dia que nos permitiu termos constitucionalmente um Estatuto-Político Administrativo e, consequentemente, a eleição do primeiro parlamento regional! Agora, cabe a cada um de nós, através do seu voto, escrever uma nova página na história da nossa Autonomia!