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Para onde vamos?

Eu, pessoalmente, sei para onde vou. Ou, pelo menos, sei para onde quero ir, e vou tentando delinear estratégias que me levem lá. Imagino que com a maioria das pessoas, e empresas se passe o mesmo.

Mas não vejo a mesma preocupação com as entidades que gerem a coisa pública. Não me parece que haja uma preocupação em desenhar e implementar uma linha de acção que nos leve, colectivamente, para a frente, independentemente da direcção que seja esta “frente”.

Acredito que seja difícil gerar consensos sobre quais as grandes opções a tomar, mas a verdade é que não é preciso que toda a gente esteja de acordo – é preciso sim, que as pessoas consigam entender esta estratégia, e que consigam encontrar nela um nicho onde consigam prosseguir os seus objectivos específicos.

É preciso acima de tudo integrar todos os interessados no processo de criação e acompanhamento desta estratégia, que tem de ser abrangente, em termos de objectivos, campos e interesses. Isto é, tem de ser global para todos eles. Tem de abranger todos os sectores (interinfluência), tem de poder integrar todos os stakeholders, e tem de servir os objectivos de toda a população, quer em termos individuais, quer – mais importante – em termos colectivos.

É uma utopia? Talvez, mas é na busca de soluções para as utopias que vamos dando, colectivamente, passos em frente. E assim, aquilo que hoje é uma utopia será um dia um direito adquirido, e o mundo será um lugar melhor para todos.