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O vírus que prevalece

Vamos falar do vírus, mas do outro vírus. o que nos “come” por dentro, e nos impede de atingir o potencial que esta ilha pode(ria) ter. Este vírus, ao qual não vou dar nome, é o do umbiguismo, e que leva a que sejamos incapazes de ver o bem comum a partir do momento em que o nosso problema se resolve.

Este vírus leva a que o “herói” não seja o que encontra novos mercados, mas o que “rouba” um mercado ao vizinho, normalmente oferecendo o mesmo serviço por um preço mais baixo, num misto de canibalismo e autofagia.

Até que se atinge o limite do modelo, em que os preços não se podem baixar mais porque se atingiram os limites da rentabilidade. Mas ainda aqui há quem insista, e venha pressionar os fornecedores para baixarem preços, e o regulador do mercado para baixar os standards.

É só nesse sentido que se entende que cada vez mais haja profissionais não qualificados a prestar serviços na área do turismo, e equipamentom impróprio que se mantém em uso, com as entidades responsáveis a criar legislação que depois suspendem, e a assobiar para o lado a fingir que não vê e não percebe.

A única maneira de sair deste marasmo é uma mudança de atitude. Uma mudança de atitude que nos leve a encontrar mercados mais rentáveis, que possam pagar as mais-valias de que a ilha necessita para se manter sustentável. Porque nunca seremos (não podemos, e não devemos querer) ser um destino de massas. Faltam-nos o espaço, a infraestrutura e os meios humanos.

Na minha perspectiva, temos de ser mais para menos. Temos de oferecer mais aos que nos visitam, ao mesmo tempo que lhes cobramos mais, para nos podermos dar ao luxo de ser mais selectivos nos visitantes que recebemos. Porque só assim seremos capazes de garantir um futuro. Aqui. Para nós, e para os nossos filhos e netos.

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