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Madeira, honraremos tua história

António Costa tem vindo a usar aquele Governo ilegítimo para sufocar e asfixiar a Madeira

Em outubro de 2015, António Costa alcançava 32,31% dos votos nas Eleições Legislativas Nacionais, contra os 38,57% de Pedro Passos Coelho. Significa isto, em boa matemática, que António Costa teve menos 6,26% de votos que Pedro Passos Coelho. Significa isto, em bom português, que perdeu as eleições. Isto tem de se dizer. E quando todos esperavam que assumisse as consequências de mais essa derrota eleitoral, António Costa acabou por voltar a recorrer aos seus habituais truques habilidosos, na linha do que havia já sucedido internamente quando trucidou António José Seguro, e delineou mais uma estratégia de poder que culminou com um golpe parlamentar. Absorveu e anulou o ardiloso Bloco de Esquerda e o rude Partido Comunista, que deixaram de ser oposição para se assumirem como perigosos braços de poder, desrespeitou e subverteu regras consolidadas da nossa democracia institucional e chegou a Primeiro-Ministro com uma solução que não foi a que apresentou aos Portugueses antes das eleições. Este é, para mim, um dos mais tristes episódios da nossa história, da história das nossas instituições democráticas, com o qual nunca me conformarei, porque na política, como na vida, não vale tudo, não pode valer tudo. Portugal tem hoje um Primeiro Ministro que nasceu de uma derrota eleitoral.

E é com mais uma estratégia subvertida de poder que António Costa se vira para a Madeira, onde tenta mais um golpe do Partido Socialista (PS). Nos últimos quatro anos, António Costa tem vindo a usar aquele Governo ilegítimo para sufocar e asfixiar a Madeira com descaramento e total insensibilidade. Serviu-se de questões essenciais para a Região e para os Madeirenses, e usou-as como arma política. Revela um total desprezo pelo nosso Povo, pela nossa História e pelo nosso percurso autonómico. Desrespeita princípios fundamentais constitucionalmente consagrados. Ignorou questões absolutamente fundamentais de justiça e continuidade territorial. E, agora, surge num quadro político-partidário a anunciar tudo o que não cumpriu, tudo aquilo que negou ao Povo Madeirense. E quem promete o que não cumpriu, quem promete e não cumpre, não pode merecer a nossa confiança e não pode governar.

É por isso que o atual quadro eleitoral é tão importante. E é por isso que não podemos deixar de estar do lado certo, no rumo certo. Não podemos deixar de estar, mais uma vez, e cada vez mais, com o Partido Social Democrata (PPD/PSD), no caminho da verdade. Do lado da nossa história, do nosso percurso autonómico, no único projeto político de grande consistência que assegura uma governação estável, de grande amplitude e firmeza, de desenvolvimento e crescimento sustentável. Reafirmar no dia 22 de setembro a nossa autonomia é tão importante como o foi a sua conquista. E é por isso que aqui estou. É este o nosso compromisso. É este o nosso caminho. Madeira, honraremos tua história.