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Fartura de Candidatos

Foram entregues as listas para as próximas eleições regionais da Madeira e como se previa com uma fartura de candidatos a deputados divididos por 17 partidos. Já lá vão os tempos em que os partidos não ultrapassavam a meia dúzia, mas agora cada militante que deixa um partido forma um novo, na sua maioria sem qualquer ideologia que os defina.

Pela abundancia de partidos, deve haver espaço ideológico para todos aqueles que não se revêm nos partidos do chamado “arco do poder”, caso consigam descobrir qual a ideologia de cada um. Contudo existem alguns bem definidos, como por exemplo o Liberal, que se de facto defendesse essa ideologia roubaria muitos votos ao dito Partido Social Democrata, que há muitos anos abandonou a Social Democracia, ideologia onde se incluem os partidos da Internacional Socialista, representada em Portugal pelo Partido Socialista e na Venezuela pelo Partido de Juan Guaidó. Aqui fica a nossa chamada de atenção para os nossos emigrantes na Venezuela, que ao defenderem e apoiarem Juan Guaidó naquele país, estão a defender a Internacional Socialista, estão a defender o PS em Portugal. Aqui convém esclarecer que o atual partido que está no poder na Venezuela, defende o comunismo e não o socialismo como costuma dizer. Socialismo, é a democracia e comunismo é uma ditadura de esquerda, mas como não querem perder os seus apoiantes, confundem, de propósito as duas ideologias. Basta ver quem apoia este Governo da Venezuela: Cuba, Rússia e China, expoentes máximos do comunismo no mundo.

Já aqui foram publicadas, por artigo de opinião de outra pessoa, as contas que pode levar as próximas eleições a uma distribuição pelos pequenos partidos que não elegem ninguém, juntamente com votos brancos ou nulos, que poderão ditar a mudança. Ao decidirem o seu voto, em primeiro lugar têm que ter em atenção ao facto de quererem ou não mudar a governação. Isso é que deve decidir o sentido de voto. Quais são os partidos que podem ganhar, de acordo com as ultimas sondagens: PS ou PSD, seguindo-se uns tantos partidos com hipóteses de elegerem entre dois e quatro deputados e depois zero. Será que vale a pena estragar votos em partidos que não elegem ninguém e que na sua totalidade podem dar mais quatro ou cinco deputados? Será que o PSD, a governar há 43 anos e com uma lista de candidatos caduca onde prima a maldade, a falta da democracia, a incompetência, merece o voto dos madeirenses? Ou será que todos vamos mudar de alto a baixo, de uma ponta a outra, toda a Região?

Já agora convém lembrar aos partidos com hipóteses de chegarem ao poder, que é necessário mudar a lei eleitoral feita por Alberto João e Jacinto Serrão, que tirou a representatividade obrigatória dos municípios, quando o que queríamos era além dessa representatividade dos concelhos, a criação de mais um circulo “corretor”, para onde iriam todos os votos perdidos e permitiriam uma melhor e mais democrática distribuição dos Deputados, a exemplo do que acontece nos Açores.

Há partidos que têm andado a fazer uma confusão de que as próximas eleições são para eleger os deputados e não o Governo Regional da Madeira, mas não são capazes de explicar como é que será formado o Governo. Se a Constituição diz que o partido ou coligação de partidos que tiverem maioria na Assembleia Regional da Madeira e que façam aprovar um programa de Governo, formarão o novo Governo, significa que quem tiver mais deputados, só ou coligado é que governará, logo as eleições refletem-se, logicamente na escolha desse Governo.

Resumindo, as pessoas têm que decidir se querem a mudança ou não, ver os partidos melhor colocados para atingir esse fim e não desperdiçar votos em quem não elege nada, nem anular votos. A hora não é de vingança, mas de MUDANÇA.