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Dizem que é Autonomia, mas não é!

As famílias que vivem no continente português vão poupar mais de 600 euros com as três novas vacinas do Plano Nacional de Vacinação.

As famílias que residem na Região Autónoma da Madeira estarão obrigadas ao pagamento do custo daquelas vacinas. Tudo porque o Governo Regional já anunciou que aquelas medidas não se aplicarão ao sector da saúde nesta Região.

O Governo Regional, em nome da Autonomia, rouba um direito que é reconhecido a quem vive fora desta parcela do território nacional. Ou seja, a Autonomia está a ser usada, neste caso concreto, como em tantos outros casos, para retirar direitos, para nos diminuir, para nos tornar portugueses com menos direitos.

Por iniciativa do PCP, foi aprovada uma proposta no Orçamento de Estado para 2019 que garante às famílias o acesso às três vacinas recomendadas contra a meningite B para todas as crianças. Aquelas vacinas são recomendadas a todas as crianças pela Sociedade Portuguesa de Pediatria e pela Sociedade de Infecciologia Pediátrica.

Enquanto essas vacinas custarão às famílias que residem na Madeira e no Porto Santo mais de 600 euros, serão gratuitas para quem vive no continente. Portanto, nesta Região Autónoma, quem pode paga, quem não pode não é vacinado.

A Autonomia perde sentido quando impede direitos a quem vive na Região e que são reconhecidos a quem vive no continente.

A Autonomia esvazia-se nos seus fundamentos quando retira ou diminui os direitos.

Chamam-lhe autonomia, mas não é!