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Causas de Futuro

tentaremos sempre construir as pontes necessárias para que haja no mínimo um debate saudável

Em termos pessoais vejo sempre a ação política, a forma como expressamos os nossos princípios, a condução diária em termos de postura e proximidade com as pessoas, e a construção de um projeto que seja reconhecido por aqueles que representamos, como um dever que necessita da maior dedicação, na certeza que lutamos por causas em que nos revemos, e que acreditamos serem o melhor para a Região.

Neste início de Legislatura há três causas em particular que o Grupo Parlamentar do PS Madeira ir-se-á empenhar em trabalhar. Naturalmente que não esperamos convencer os nossos adversários políticos de todos os nossos argumentos, o contrário também se aplicará, mas tentaremos sempre construir as pontes necessárias para que haja no mínimo um debate saudável e com contributos plurais que possam desenvolver melhores propostas e projetos.

Transparência e combate à Corrupção. Não vale a pena tentarmos escamotear a realidade. Há corrupção na Madeira, e desenvolve-se a vários níveis da administração pública, e também no sector privado. Se investirmos cada vez mais em processos de monitorização e transparência em particular na contratação pública, se reduzirmos os factores que levam a situações dúbias e questionáveis, credibilizamos a política e as instituições.

Ambiente. É sem dúvida a causa mobilizadora do presente, a causa mobilizadora dos mais jovens, e ninguém, muito menos um partido como o PS, pode ficar ausente do desafio de contribuir com propostas concretas que permitam melhorar os nossos indicadores ambientais e a qualidade de vida de todos. Sendo certo que no ambiente não falamos apenas de alterações climáticas, mas de conservação da natureza e dos nossos recursos naturais, que tão mal têm sido tratados, em particular as ribeiras e a orla costeira.

Criação de emprego e fixação de jovens. Desde 2011 a população da Região diminuiu em 14.000 pessoas. Esta variação populacional negativa é o reflexo de uma contínua estagnação económica, onde o nosso território já não oferece condições de estabilidade e prosperidade para todas as famílias, e especificamente os mais jovens. Os números são claros, entre 2010 e 2018, há menos 1827 jovens entre os 20 e os 24 anos de idade a residir na Região. Menos 3353 jovens entre os 25 e os 29 anos. Menos 5767 residentes entre os 30 e os 34 anos e menos 3863 entre os 35 e os 39 anos. É aqui que se vê os resultados económicos. Estes jovens emigraram, partiram em busca de melhores condições de vida, porque na Madeira não encontram condições à altura das suas expectativas. Políticas económicas progressistas, diversificação da base económica e empresarial, descriminação positiva dos concelhos do norte, incentivos à natalidade, melhoria dos rendimentos e diminuição das desigualdades são algumas das bandeiras pelas quais nos vamos bater, credibilizando o trabalho na Assembleia Legislativa, e construindo uma nova alternativa para o futuro.

Aproveito para desejar a todas e todos os leitores umas boas festas e um Natal feliz.