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Apostar nas pessoas

Todo o meu percurso político foi marcado pela certeza inabalável de que nada disto vale a pena se não alterar, para melhor, a vida das pessoas.

As pessoas são, de facto, ou pelo menos deveriam ser, o fim último e primeiro da política e da sua prática. Até porque são elas o maior capital de qualquer sociedade. Se as pessoas não estiverem bem, nada poderá progredir: nem a sociedade, nem a economia.

Se isto é verdade para os tempos ditos normais, ainda é mais verdade para estes tempos tão difíceis que estamos a viver. São tempos que trazem novos desafios, ao quais urge responder com urgência, transparência e justiça.

Para as autarquias, estes são também tempos difíceis, dentro dos quais é preciso rever processos, prioridades e caminhos. Para Santa Cruz, em particular, este é um tempo que exige responsabilidade, porque ainda estamos a pagar uma dívida, e somos chamados a ter uma intervenção social muito para além daquela que estava prevista no nosso orçamento.

Mas não podemos virar as costas, não podemos deixar ninguém para trás. Não podemos, sobretudo, falhar com as pessoas quando elas mais precisam. Winston Churchill dizia que “é inútil dizer que estamos a fazer o possível, quando o que precisamos é fazer o necessário”. E o necessário, neste momento, é estar junto dos pobres que ficaram mais pobres, e junto daqueles que não precisavam de ajuda e que, de um momento para outro, passaram a engrossar a fileira dos que precisam, dos que pedem ajuda e dos que não podem fazer face à vida, porque a vida se alterou por completo.

Não dormiria descansado se, pelo menos, não tentasse fazer não o possível, mas o necessário. Graças a um percurso de recuperação financeira cuidado e responsável, felizmente estamos em condições de recorrer a um empréstimo de dois milhões de euros para, dentro das nossas possibilidades, chegarmos ao maior número de famílias possível, para deitarmos mão a projetos que ajudem ao recuperar a economia e para reforçar os nossos programas sociais, cujas inscrições estão novamente abertas.

Vamos fazê-lo com a responsabilidade que nos é exigida e com a transparência que exigimos a nós próprios.

Cito novamente Churchill e a ideia de que “todas as grandes coisas são simples. E muitas podem ser expressas numa só palavra: liberdade, justiça, honra, dever, piedade, esperança.”

Sei que com base nestes valores, a política feita junto do povo e para o povo pode ser essa coisa realmente grande e simples e plena da humanidade que deve ditar opções e ações.

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