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A vitória na mobilidade contra um governo socialista medíocre

Agora todos querem fazer parte da fotografia. Incluindo o PS da Madeira. Mas na verdade quem sempre exigiu alterações e apresentou sugestões de melhoria ao sistema de Mobilidade aérea foi o PSD da Madeira. E se foram aprovadas na Assembleia da República alterações à atual Lei isso deve-se aos deputados do PSD-Madeira. Vale a pena recordar que quando este sistema de Mobilidade foi aprovado há quatro anos, nós PSD-Madeira, logo dissemos que seis meses depois apresentaríamos “sugestões de melhoria”. E apresentámos várias. Só que, como o governo entretanto na República passou a ser do PS, as coisas complicaram-se. O PS não quis mudar nada. O PS não aceitou nenhuma alteração e chutou para canto. Fez aquilo que o Dr. Salazar dizia que se deveria fazer quando não se quisesse resolver problemas que era criar grupos de trabalho com muitas pessoas e instituições. O resultado foi uma perda de tempo para que nada fosse resolvido. Só que tiveram azar (e a Madeira sorte) porque nós os deputados do PSD-Madeira à Assembleia da República insistimos em votar a Proposta que já tinha sido aprovada por unanimidade no Parlamento da Madeira e que estava metida na gaveta do PS na Assembleia da República. Fomos nós que exigimos a votação. Fomos nós que exigimos a sua aprovação. Agora o PS não teve outra alternativa se não aceitar - até porque não conseguia adiar mais - e votar ao nosso lado contrariando a sua traição do passado quando votou contra a Proposta, aqui na Assembleia da República, mas que agora foi finalmente aprovada. Claro que agora quer ficar na fotografia mas estaremos sempre cá para lembrar que fomos nós PSD-Madeira que exigimos alterações justas à atual Lei. Como estaremos cá para exigir uma aplicação inteligente da nova Lei que não prejudique nem os passageiros, nem as agencias de viagens nem as companhias aéreas.

Ainda na mobilidade o governo da República insiste em não respeitar a Continuidade Territorial dificultando, através dos preços praticados pela TAP (onde o Estado é o principal acionista), também os portugueses do continente que desejem visitar a Madeira. Além disso o governo do PS não aceita apoiar o transporte de passageiros por via marítima (o ferry) nem o transporte de mercadorias. Para o governo do PS Autonomia é desresponsabilização da República e uma autentica “massada”. Mas para nós não. A Autonomia é um Regime virtuoso que faz parte da Constituição da República com obrigações claras também do governo nacional. Curiosamente na última audição do ministro que tem a tutela dos transportes ele veio com a conversa das “fraudes do sistema de Mobilidade”. Pois se existem fraudes que sejam investigadas e os culpados condenados. Mas na verdade a maior fraude de todas é a dos preços que a TAP pratica para a Madeira. E nessa fraude o governo do PS na República é conivente porque é o maior acionista da TAP. É, aliás, uma dupla fraude: no valor das viagens e no valor do subsídio de mobilidade que atinge 200 milhões de euros em quatro anos. Tudo por culpa do governo do PS.

O governo de António Costa tenta passar uma ideia do País real bem contrária à realidade. Ele vive numa fantasia. Mas aqui ficam alguns dados reais: a economia portuguesa está a crescer muito pouco (1,6%). A nossa riqueza está a 60% aquém da média da zona euro. Para chegarmos à média europeia, com crescimentos semelhantes aos atuais, precisamos de 130 anos. Além disso Portugal está a perder competitividade tendo caído 6 posições no ranking mundial. A dívida pública atingiu os 252 mil milhões de euros - o valor mais alto de sempre - e a divida total do País atingiu os 720 mil milhões de euros (355% do PIB). A carga fiscal é a mais alta de sempre e atingiu os 35,4% do valor do PIB. As importações estão a crescer três vezes mais que as exportações criando um défice enorme na balança comercial. O défice comercial, este ano, está 15 vezes superior ao do ano passado. Mesmo o emprego que está, felizmente, a crescer está a ser criado à custa do trabalho precário e muito mal pago. Isto além da pior qualidade dos serviços públicos de saúde e de transportes e dos cortes no investimento. A austeridade deste governo do PS com o Bloco e com o Partido Comunista transformou os serviços públicos num autentico calvário para grande parte dos utentes. Esta é a realidade. O resto é fantasia.