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Seis turcas condenadas à morte no Iraque por pertencerem ao Estado Islâmico

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Seis turcas foram hoje condenadas à pena de morte pelo tribunal penal central de Bagdad, e uma sétima a uma pena de prisão perpétua, por pertencerem ao grupo extremista Estado Islâmico, segundo a agência noticiosa francesa AFP.

As mulheres ouviram a sentença do tribunal com os filhos ao colo, depois de terem fugido de Tal Afar (norte), um dos últimos bastiões da organização, que foi tomado pelas forças iraquianas, e de se terem entregado aos ‘peshmergas’, nome pelo qual são conhecidos os combatentes do estado iraquiano do Curdistão.

As mulheres disseram que se deslocaram até ao território do autoproclamado Estado Islâmico a cavalo, provenientes da Síria e do Iraque, seguindo os seus maridos que vinham combater nas fileiras do EI.

Vários cidadãos estrangeiros acusados de ligações ao EI foram recentemente julgados no Iraque.

Em fevereiro, 15 turcas tinham sido já condenadas à pena capital, e antes delas também uma alemã e uma turca foram condenadas à morte, num processo que a organização de defesa dos direitos humanos Human Rigts Watch considerou “injusto”.

A lei antiterrorista iraquiana permite acusar pessoas que não foram implicadas em atos de violência mas são suspeitas de ter ajudado o EI e prevê a pena de morte para quem pertencer ao grupo ‘jihadista’, mesmo para os não combatentes, estimando-se em 20.000 o número de pessoas presas no Iraque por pertencerem alegadamente ao EI.

As autoridades da região autónoma curda dizem ter na sua posse cerca de 4.000 ‘jihadistas’ do EI, incluindo estrangeiros.