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Peru e Equador aumentam exigências para entrada de venezuelanos

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Dois estados sul-americanos aumentaram as exigências de entrada para as pessoas provenientes da Venezuela, a braços com uma crise económica e humanitária.

As autoridades do Peru anunciaram na sexta-feira que vão seguir a decisão do Equador, que passou a exigir aos venezuelanos a apresentação de passaporte, um documento que é cada vez mais difícil de obter na Venezuela.

A decisão provocou uma reacção negativa imediata da Colômbia, que se tornou um ponto de passagem para as centenas de milhares de venezuelanos que querem sair do seu país. Muitos atravessam esta nação andina no seu caminho para outros destinos na América Latina.

Se bem que o seu próprio país já tenha imposto exigências acrescidas para as entradas dos venezuelanos, mas que são ignoradas com frequência, o director das Migrações da Colômbia, Christian Kruger, alertou para que as novas regras no Equador podem provocar um engarrafamento na ponte internacional Rumichaca, que liga os dois países.

Há uma estimativa oficial de quatro mil venezuelanos a atravessar a ponte diariamente, da Colômbia para o Equador, no início deste mês.

Segundo a Organização das Nações Unidas, o número de venezuelanos que saiu do país desde 2014 já atingiu os 2,3 milhões, confrontados com uma hiperinflação e uma escassez severa generalizada, desde a alimentação aos medicamentos, à tinta ou ao papel para os passaportes.