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Número de jornalistas mortos desceu para 49 este ano

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A Federação Internacional de Jornalistas disse que o número de jornalistas mortos em 2019 desceu para 49, face a 95 em 2018, mas alertou que esta redução se deve ao facto de estes profissionais irem menos para áreas perigosas.

A organização detalhou, num comunicado, que esta redução se deve, em parte, ao colapso, do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, que “reduziu a exposição dos media à extrema violência do conflito” e também devido à “crescente relutância dos repórteres estrangeiros em cobrir locais em conflito como o Iémen”, de acordo com a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

O secretário-geral do organismo, Anthony Bellanger, referiu, citado no mesmo comunicado, que “a perda de vidas entre os jornalistas e trabalhadores de media em zonas de conflito tem afastado muitos colegas da cobertura dos eventos no terreno”.

“Ainda que seja justificado que os jornalistas exerçam cautela, a falta de investimento e apoio à segurança dos media conduz a que o público esteja menos informado sobre questões de interesse público”, adiantou o mesmo responsável.

Os dados hoje divulgados pela FIJ mostram ainda que há cada vez “mais profissionais de media a morrer devido a violência nos seus próprios países, comunidades e cidades do que em conflitos armados”.

A lista dos países mais perigosos para os profissionais da comunicação social é encabeçada pelo México, de acordo com a FIJ, com dez mortes, sendo que a América do Sul totaliza 18. Na Europa, registaram-se duas mortes.

Citado no mesmo comunicado, o presidente da FIJ, Younes Mjahed, disse que “ainda que o número de mortes tenha descido, as ameaças, prisões, assédio ‘online’, censura e autocensura, bem como o uso de medidas legais e administrativas continuam a prejudicar a liberdade de imprensa e os direitos humanos em todo o mundo”.