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Novo balanço do ciclone Ava em Madagáscar aponta para 51 mortos e 22 desaparecidos

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A passagem do ciclone Ava por Madagáscar provocou 51 mortos, 22 desaparecidos e 17.600 desalojados, indicaram hoje fontes oficiais em Antananarivo, num novo balanço da tempestade que assolou na sexta-feira esta ilha do Índico, diante de Moçambique.

Os dados foram avançados pelo Gabinete Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (BNGRC, na sigla em francês), depois de, ao longo do fim de semana, se terem contabilizados os danos provocados pelo ciclone, que causou estragos também em cerca de 161 mil habitações.

Embora o ciclone não esteja já sobre a ilha malgaxe, as autoridades locais mantêm o alerta de perigo, uma vez que outra tempestade está a aproximar-se de Madagáscar, Berguitta, que está a deslocar-se no Índico com rajadas de vento superiores a 100 quilómetros por hora.

Por outro lado, as inundações e os deslizamentos de terra provocados pelas fortes chuvas e ventos do Ava continuam a representar “grande perigo” para as populações de várias regiões, indicaram fontes oficiais.

À sua passagem, o ciclone provocou graves danos materiais e pessoais em todo o país, incluindo na capital, onde muitos bairros continuam ainda inundados, e foram destruídos pelo menos 3.200 hectares de arrozais.

A segunda localidade mais importante, a cidade costeira de Toamasina, também foi gravemente afectada pela passagem do Ava, pelo que o Presidente de Madagáscar, Hery Rajaonarimampianina, garantiu que o executivo vai encarregar-se de todos os funerais.

O BNGRC está a realizar uma campanha para enviar ajuda humanitária, como arroz, legumes, tendas de campanha, sabão ou ‘kits’ de higiene às zonas mais atingidas.

Em março do ano passado, o impacto de Enawo, a tempestade mais forte numa década em Madagáscar, matou dezenas de pessoas e fez milhares de deslocados.