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Nigéria espera que Guiné-Bissau aceite via constitucional para resolver crise

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O Presidente nigeriano manifestou hoje a esperança de que a Guiné-Bissau aceite resolver a crise política através da via constitucional, pois a Nigéria necessita que as suas tropas presentes na força de paz oeste-africana regressem a casa.

Segundo o jornal nigeriano Vanguard, a intenção foi manifestada por Muhammadu Buhari ao presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Marcel de Souza, durante um encontro entre os dois, realizado na Vila Presidencial, em Abuja.

Segundo um porta-voz da Presidência nigeriana, Buhari explicou a Souza que aguarda apenas um relatório formal sobre a crise política na Guiné-Bissau na 52.ª Sessão Ordinária da Conferência de chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, que se realiza sábado em Abuja, para tomar uma decisão.

“Precisamos que as nossas tropas regressem ao país e espero que o Presidente desse país [José Mário Vaz] aceite a via constitucional para resolver a situação”, disse Buhari, segundo o porta-voz presidencial, garantindo, porém, que a Nigéria vai continuar a apoiar os esforços de paz no continente africano.

No entanto, o chefe de Estado nigeriano não explicou a razão por que necessita que os militares que integram a ECOMIB regressem ao país.

A ECOMIB está na Guiné-Bissau desde 2012, na sequência do golpe de Estado que destituiu o Presidente interino guineense Raimundo Pereira e o Governo do então primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.

Inicialmente, a força de manutenção de paz era composta por 800 militares do Senegal, Nigéria, Togo e Burkina Faso, mas atualmente conta com cerca de quinhentos soldados.

Líderes da CEDEAO convocaram para Abuja os principais actores da crise política na Guiné-Bissau, dos quais pretendem ouvir quais os motivos para o impasse que dura há mais de dois anos.