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Libertado terceiro grupo de presos políticos venezuelanos

Foto EPA/CRISTIAN HERNANDEZ
Foto EPA/CRISTIAN HERNANDEZ

As autoridades venezuelanas libertaram na quarta-feira um grupo de 43 pessoas que a oposição diz serem presos políticos do regime.

A libertação, formalmente denominados “benefícios processuais”, desde liberdade plena a regime de apresentação periódica, foi decretada pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), sob instruções do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, como parte de ações da Comissão da Verdade, criada pela Assembleia Constituinte (AC), composta unicamente por simpatizantes do regime.

“Terminámos esta etapa tão importante por uma questão do grande diálogo nacional e do reencontro entre todos os venezuelanos”, anunciou a presidente da AC, Delcy Rodríguez, durante um encontro com os presos que teve lugar na Casa Amarilla de Caracas, sede do Ministério de Relações Exteriores.

Segundo a imprensa venezuelana desde 1 de junho foram libertados mais de 200 presos políticos.

Os opositores libertados devem agora cumprir medidas cautelares que incluem a proibição de saída do país. Muitos deles foram proibidos de falar com a imprensa.

Em 24 de maio, durante o juramento como Presidente reeleito, Nicolás Maduro anunciou que libertaria os presos políticos que não tivessem cometidos delitos graves durante os violentos protestos ocorridos entre 2014 e 2017, para a pacificação e reconciliação entre os venezuelanos.

Segundo a ONG Fórum Penal existem atualmente mais de 350 presos políticos na Venezuela, um número rotativo, porque enquanto alguns opositores são libertados em cerimónias públicas são ordenadas novas detenções.

A oposição tem insistido que não se deve confundir liberdade com regimes condicionais e alternativos de prisão.