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Chavismo apela à “unidade revolucionária absoluta” para reeleger Nicolás Maduro

Foto Reuters
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O vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo), Diosdado Cabello, instou ontem as forças políticas que apoiam o chavismo à “unidade revolucionária absoluta” para garantir a reeleição do Presidente Nicolás Maduro.

Diosdado Cabello falava em Caracas durante a sessão em que a Assembleia Constituinte, composta unicamente por apoiantes do Presidente Nicolás Maduro, aprovou um decreto a convocar a realização de eleições presidenciais até ao próximo dia 30 de abril.

O também “número dois” do regime, recordou que a 08 de dezembro de 2012, na sua última alocução ao país, antes de viajar para Cuba para tratamentos contra um cancro, o falecido Presidente Hugo Chávez (dirigiu o país entre 1999 e 2013) apelou à eleição de Nicolás Maduro, que apresentou como seu sucessor.

“Deu-nos a ordem de unidade, luta, batalha e vitória, mas também nos disse que se algo lhe ocorresse, que elegessem a (Nicolás) Maduro como Presidente (...) assim disse o comandante Hugo Chávez”, frisou.

Diosdado Cabello instou o chavismo a sair às ruas, a ser “a força unitária da revolução, para continuar o legado do comandante Hugo Chávez”.

“Não haverá mais traições mas sim unidade, pátria, revolução por muitos anos, por muito tempo”, sentenciou.

A Assembleia Constituinte da Venezuela, composta unicamente por apoiantes do Presidente Nicolás Maduro, aprovou ontem um decreto a convocar a realização de eleições presidenciais até ao próximo dia 30 de abril.

A aprovação, “por aclamação”, teve por base uma proposta de Diosdado Cabello.

“Se o mundo quer aplicar sanções, nós aplicaremos eleições (...) Aqui na Venezuela não e a União Europeia (UE) que decide. Quem decide é o povo”, vincou fazendo alusão às sanções contra funcionários do Governo venezuelano aprovadas segunda-feira por Bruxelas.