A Austrália ofereceu ajuda em termos de assessoria e capacitação militar às Filipinas no âmbito do combate contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI) no sul do país, declarou hoje a ministra dos Negócios Estrangeiros, Julie Bishop.

“As forças armadas das Filipinas estão em vias de empreender uma luta brutal contra o EI. Nós oferecemo-nos para ajudar de modo a que possamos contribuir para a possibilidade de vencer este flagelo no sul das Filipinas”, disse Julie Bishop aos ‘media’ locais.

Não obstante, a chefe da diplomacia australiana, que ofereceu a assistência ao Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, durante uma visita a Manila realizada este mês, afirmou que o apoio será idêntico ao prestado ao Iraque, ou seja, de “assessoria, assistência e capacitação”.

“Isto não inclui tropas no terreno”, detalhou.

A Austrália já enviou dois aviões de reconhecimento e vigilância P3 Orion para ajudar as Filipinas que, desde maio, combatem os extremistas Maute, ligados ao autoproclamado Estado Islâmico, que se encontram entrincheirados na cidade de Marawi, no sul do país.

Os combates, que entram na quarta-feira no 100.º dia, fizeram pelo menos 735 mortos e cerca de meio milhão de deslocados.

Na semana passada, o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, afirmou ser de “vital importância” derrotar o EI em Marawi para evitar que a cidade se converta na Raqa do sudeste asiático, em referência à cidade do norte da Síria que é considerada o bastião do EI no país.