Madeira

PSD apela ao investimento da CMF nos serviços de limpeza e salubridade

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Na sequência da aprovação da proposta apresentada, pelo PSD, quanto à implementação de um Subsídio de Risco aos trabalhadores da recolha e manuseamento de resíduos e atendendo aos recorrentes problemas que são conhecidos no Departamento de Ambiente, Resíduos e Salubridade da Câmara Municipal do Funchal - nomeadamente no que diz respeito ao Parque de Máquinas de apoio aos serviços de salubridade, limpeza e recolha de lixo na cidade – a vereação Social-democrata eleita nesta Autarquia visitou, nesta sexta-feira, as instalações daquele Departamento, nos Viveiros, numa iniciativa que teve por objetivo confirmar as necessidades existentes e incentivar o Executivo a encontrar soluções, em prol da melhoria, quantitativa e qualitativa, daqueles serviços.

“Viemos manifestar o nosso apoio junto das equipas que estão no terreno e que sofrem, diariamente, inúmeras dificuldades para desempenhar as suas funções, dificuldades essas diretamente relacionadas com a escassez de meios humanos e materiais mas, também, com a falta de espaço e a incapacidade do Executivo garantir a manutenção e requalificação do Parque de Máquinas, levando a que cerca de 70% do mesmo se encontre avariado”, afirmaram, no local, os vereadores Social-democratas, sublinhando a falta de investimento que tem existido nesta área.

Uma falta de investimento “que é inaceitável e que coloca em causa o bom serviço que deve ser prestado aos Munícipes, mas, também, a própria valorização profissional destes trabalhadores, aos quais nos juntamos, para sermos uma voz ativa e reivindicativa dos seus direitos, junto do Executivo”, garantiram.

Neste momento, conforme explicam, “existem cerca de 15 viaturas pesadas que se encontram parqueadas e que mais não fazem do que aguardar o respetivo abate, ocupando grande parte do espaço essencial à gestão de operações, já para não falar da frota automóvel, que carece de ser renovada urgentemente, com dezenas de viaturas avariadas a aguardarem manutenção e a sobrecarregarem as que funcionam, acelerando a avaria destas últimas (neste momento estão avariadas todas as auto-varredoras)”.

Urge igualmente que se olhe, “com seriedade, para o número de profissionais que prestam aqui serviço, já que, nos últimos 3 anos, foram mais de 100 os que saíram, devido à reforma, e apenas 48 trabalhadores entraram para estas funções”, critica a vereação Social-democrata, assegurando que não existem razões que justifiquem esta falta de pessoal e vincando que se o Executivo nada fizer, nos próximos 5 anos e considerando a faixa etária dos atuais profissionais, estes serviços podem mesmo “estar em risco”.

“Grande parte do investimento realizado, nesta área, tem sido sustentado com recurso ao POSEUR, mas ainda existem valores disponíveis”, argumenta o PSD, lembrando que, paralelamente a estas verbas, “uma autarquia que tem lucro, ano após ano, e que tem um orçamento equivalente ao de 2019, no valor de 97 milhões – com o último relatório e contas a indicar que sobraram 10,5 milhões de euros do ano anterior – pode e deve fazer muito mais pelo Funchal e pelos trabalhadores que se esforçam para que todos tenhamos uma cidade limpa e digna, seja para quem aqui vive, seja para quem nos visita”.

Vereadores Social-democratas que aproveitaram para reiterar, na ocasião, que a saúde e a segurança no trabalho não são, efetivamente, uma prioridade para quem gere a CMF. “Como é que estas matérias podem ser prioritárias para o Executivo Municipal quando são precisos dois anos - insistimos, dois anos de espera - para que este decida aprovar esta proposta?” questionam e rematam “para bem dos funcionários, esperemos que este subsídio seja implementado de imediato e não tenha de esperar mais dois anos para que passe a ser atribuído!”.