Madeira

PSD abre hostilidades rumo a 2019

Comício-festa no Porto Santo marcado por duras críticas a Lisboa, reforçado agora com o problema da Binter

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O PSD-Madeira deu hoje o ‘pontapé de saída’ rumo às eleições legislativas regionais de 2019, segundo o seu presidente Miguel Albuquerque na intervenção que realizou no Largo das Palmeiras, no centro da cidade Vila Baleira, que recebeu o comício-festa do partido.

O também presidente do actual Governo Regional salientou que o actual poder em Lisboa quer, de forma directa ou indirecta, mandar na Madeira, nos madeirenses e porto-santenses, ditar as suas regras”, garantindo que é “isso que vai estar em jogo no próximo ano”. E disse mais, as “consequências perversas de não podermos decidir aquilo que é o nosso destino, não é uma questão de partidos, mas sim uma questão de saber o que os madeirenses querem do seu futuro, o PSD que sempre defendeu os madeirenses e porto-santenses, ou querem entregar o poder a Lisboa, através de um conjunto de serventuário, de tipos que não têm coragem, não têm garra para defender a Madeira e o Porto Santo”, atirou.

Miguel Albuquerque em tom ainda mais afirmativo ao dizer que o actual Governo da República “está-se nas tintas para a Madeira e o Porto Santo, lembrando a actual situação com os voos cancelados da Binter, que não realizou 12 voos nos últimos dias, afectando 300 passageiros e prejudicando idosos e crianças, que passaram horas no aeroporto sem informação. “Esta é a forma como Lisboa trata os madeirenses e porto-santenses, como cidadãos de segunda. Isto, de facto, é a demonstração como o Estado Central trata” a Região, sendo que o único partido que não tomou posição foi o PS no Porto Santo, que acusou de estar ao serviço de Lisboa.

O líder partidário garantiu ainda que vai cumprir todos os compromissos que assumiu com os porto-santenses, que considera a “jóia da coroa” da Madeira.

Bernardo Caldeira salienta obra feita

Já o deputado porto-santense também assumiu o discurso de mostrar serviço, lembrando a obra feita desde agora, nomeadamente na área dos transportes e turismo, com charters, subsídio de mobilidade, o projecto smart fossil free island, afundamento de navio da Marinha para potenciar o mergulho e a candidatura a reserva da biosfera. “Compromisso assumido, compromisso cumprido”, atirou.

Idalino pede tempo

Dez meses após a sua eleição à Câmara Municipal, Idalino Vasconcelos aproveitou a subida ao palco para fazer um balanço do mandato, marcado pela “herança deixada que condicionou largamente as nossas acções”, começou por lamentar. O autarca disse aos presentes, residentes e visitantes que os processos judiciais de dívidas não resolvidas dos últimos anos (de gestão socialista) e que teve de resolver com empenho e esforço junto dos credores, caso contrário a autarquia estaria bloqueada e penhorada.

Só depois de resolvidos os problemas financeiros é que, acredita, poderá aplicar verbas na promoção turística, a acção social, a educação e o ambiente, áreas chave da actuação política da vereação social-democrata que dirige, lembrando que está em minoria na autarquia pela primeira vez em 40 anos. Em conclusão, pede tempo para que possa cumprir as promessas eleitorais.