Madeira

Objectivo da CMF é pedonização da cidade

CMF aguarda explicação do perito sobre árvore do Monte

O grande objectivo do Funchal, no que respeita à mobilidade, é a pedonização da cidade. Essa meta, a alcançar de forma gradual, foi reafirmada por Paulo Cafôfo, esta manhã, no momento que pretendeu assinalar mais uma semana da mobilidade no concelho.

O presidente da CMF acrescentou que as questões da mobilidade são transversais e que passam por vários domínios de intervenção, que vão do PDM, que inclui uma componente de mobilidade, ao PAMUS – Plano de Ação Mobilidade Urbana Sustentável, este já com medidas mais concretas que, garante Paulo Cafôfo, têm vindo a ser implementadas.

Uma dessas medidas passam, a título de exemplo, pela introdução de parcómetros ‘inteligentes’. Máquinas que nem exigem moeda, apesar de ser possível pagar o estacionamento através desse meio, e que possibilitam muito mais. Por exemplo, realizar descontos a quem compra no comércio tradicional, vender bilhetes para espectáculos ou divulgar restaurantes da zona.

Numa primeira fase, vão ser instaladas três máquinas dessas, a título experimental, nas ruas do Marquês do Funchal, dos Ferreros e do Aljube. Mas o objectivo da CMF e de Cafôfo é que esses equipamentos venham a ser disponibilizados em toda a baixa e núcleos históricos da cidade.

Pedonização e estacionamento para automóveis aparentam ser áreas contraditórias, mas Cafôfo garante que não. O objectivo de criar espaços na cidade que privilegiem as deslocações a pé tem de ser complementado com a disponibilização de espaços para deixar os automóveis. Além disso, devem existir zonas em que os automóveis podem circular, mas onde a prioridade são os peões. Por isso, existem espaços para encerrar ao trânsito, como a Rua Dr. Fernão Ornelas e a Praça do Município e outras para a coexistência de peões e de carros. É o que a CMF designa de mobilidade suave.

À margem do evento, Paulo Cafôfo referiu-se à notícia (JM) de que o perito contratado pela autarquia para fazer a peritagem ao carvalho que matou 13 pessoas no Monte, havia retirado provas. O presidente disse aguardar pelos esclarecimentos do perito e desejar que toda a verdade seja conhecida. “Esta matéria, face às vítimas que provocou, não pode ficar impune em termos de todo o processo de averiguação do que ali se passou.”

Cafôfo admitiu, ainda, que este é um assunto difícil para autarquia, mas que o é mais para as vítimas directas e familiares.