Madeira

Ministro ‘empurra’ subsídio de mobilidade para o Governo Regional

Apesar de terem chegado juntos à assembleia geral da CRPM, o ministro do Planeamento e o presidente do Governo estão em campos longínquos na negociação do subsídio de mobilidade aérea.
Apesar de terem chegado juntos à assembleia geral da CRPM, o ministro do Planeamento e o presidente do Governo estão em campos longínquos na negociação do subsídio de mobilidade aérea.

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, reconheceu, esta tarde, no Funchal, que o actual modelo de mobilidade aérea “é errado porque o Estado está a pagar muito mais mas os cidadãos também estão a pagar mais” pelas viagens entre a Madeira e o continente e defendeu uma alteração do sistema que passa pela “regionalização do subsídio”, com o Governo Regional a ficar com a gestão deste mecanismo.

“Nós já propusemos ao actual Governo Regional a regionalização do subsídio para que definissem o modelo que entendessem para a mobilidade dos cidadãos da Região e até com uma transferência financeira que ia ao encontro de um valor que nos tinha sido proposto pelo Governo Regional da Madeira. O Governo Regional entendeu não aceitar. Por isso é que ainda estamos nesta situação”, descreveu o governante, à saída da cerimónia de abertura da 46.ª Assembleia Geral da Conferência das Regiões Periféricas Marítimas (CRPM), Centro de Congressos (Casino), na sequência de questões colocadas pela RTP.

Pedro Marques disse que assistiu “com preocupação à subida brutal dos preços de todas as companhias aéreas desde que foi criado este modelo de mobilidade para os cidadãos das regiões autónomas” e sublinhou por várias vezes que o actual “modelo foi definido de forma errada pelo anterior Governo da República e pelo actual Governo Regional”.

O representante do Governo da República afirmou estar disponível para negociar o modelo e não afasta, para já, a possibilidade dos passageiros só pagarem os 86 euros nas viagens, com reembolso do subsídio estatal directamente às companhias aéreas, conforme consta da proposta legislativa que está na Assembleia da República e que aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa da Madeira. Contudo, alertou que uma das duas companhias aéreas (Easyjet) já ameaçou deixar a linha da Madeira caso tal modelo seja implementado. Por isso, a preferência assumida do ministro passa pela regionalização da gestão do subsídio de mobilidade.