Madeira

Localização é crucial para o sucesso de campos de golfe

Sobre as actividades paralelas ao turismo, começou por falar Luís Correia da Silva do D. Pedro Golf

Foto Rui Silva/ASPRESS
Foto Rui Silva/ASPRESS

No terceiro e último painel da XII Conferência Anual de Turismo, que decorre no Centro de Congressos – Casino da Madeira, é tema de debate as actividades circundantes, baseado na ideia de que fora da hotelaria e transportes, como é que a rentabilidade é vista/analisada na decisão e investimento e gestão por decisores em áreas de negocio ligadas ao turismo circundantes à hotelaria e transportes. A moderar os três oradores estará outro antigo presidente da delegação regional da OE, Carlos Pereira.

O primeiro a falar foi Luís Correia da Silva do D. Pedro Golf, que veio abordar a rentabilidade do negócio dos campos de golfe, nomeadamente no turismo que depende muito das localizações, onde abordou sobretudo a gestão privada e comercial virada para a receita desses empreendimentos. O caso do grupo D. Pedro que comprou os cinco campos de golfe de Vilamoura, no Algarve, investimento avultado que tem um prazo de payback muito alargado, foi criteriosamente escolhido pela localização.

Os custos de construção dos campos de golfe começam desde logo na escolha do arquitecto, que pode chegar aos cinco milhões de euros, além dos custos de manutenção que facilmente chegam aos dois a três milhões de euros, tendo ainda em conta a água para regar até 70 hectares de terreno, cujos custos ascendem a sete a oito milhões de euros.

Com 80% dos golfistas estrangeiros a serem o grosso dos clientes e apenas 20% portugueses, há várias formas de rentabilizar um campo de golfe, destacando-se ainda a questão da articulação com a hotelaria e alojamentos turísticos. A crise mostrou que vários projectos que tinham associado a hotelaria foram transferidos para os fundos de financiamento

por não terem capacidade para resistir ao impacto.

Uma das áreas que o grupo D. Pedro Golf tem apostado na máxima rentabilidade, estratégia que passa por encher os hotéis fora das épocas altas. Ninguém viaja do norte da Europa para jogar apenas num campo de golfe, precisam ter alternativas.