Madeira

Homens reflectiram sobre o papel da mulher a convite dos TSD-Madeira

Foto PSD
Foto PSD

A visão de quatro homens relativamente ao papel da mulher na sociedade. O mote foi dado pelos TSD/Madeira, sob o tema ‘Mulheres, o que eles falam sobre elas’, numa tertúlia que decorreu ontem no SCAT.

Carlos Mendonça, psicólogo clínico, Sérgio Marques, político, Vítor Calado, gestor, e Avelino Lopes, sacerdote, foram os quatro convidados da secção de psicologia dos TSD/Madeira e que abordaram a temática. Helena Leal, responsável por aquela secção laboral, segundo nota enviada pelo PSD, terá sublinhado que o objectivo da iniciativa foi o de criar um contexto para celebrar o Dia da Mulher “de uma forma mais relaxada”, mas tentando “perceber um bocadinho melhor a evolução da mulher ao longo do tempo e formar algumas questões que poderão fazer sentido”.

Carlos Mendonça terá optado por centrar a sua comunicação nos aspectos que são comuns a ambos os géneros, apesar dos diferenciais que existem. “O que é central nesta discussão são as pessoas, são as personalidades, é o carácter, as competências. E este conjunto de aspectos não têm género”, assumiu.

“Devemos falar cada vez mais do papel da mulher na família, da mesma forma que devemos falar do papel do homem na família”, frisou Vitor Calado. Segundo o gestor, houve, desde então, uma evolução das sociedades, não conseguindo rever-se hoje nessa ideia de que a “mulher ainda precisa de se afirmar como uma lutadora”, tendo de reivindicar o seu espaço.

“Acho que faz todo o sentido celebrar o Dia da Mulher, não só para afirmar a diferença da mulher, mas também para a cada ano fazermos o balanço daquilo que fizemos no sentido de que a mulher um dia tenha um estatuto de plena igualdade na nossa sociedade”, defendeu Sérgio Marques.

Por seu lado, Avelino Lopes lamentou a opinião geral sobre a mulher no contexto religioso. “Quando falamos da mulher na igreja parece que falamos logo numa mão cheia de negativas”, afirmou. “Por vezes é mais uma questão de natureza”, adiantou, salientando que, na igreja, a mulher “teve um papel muito importante ao longo dos anos, e talvez o mais bonito, e que é esquecido nos discursos”, concluiu.