Madeira

“Devemos ter sempre o decisor o mais perto possível do problema”

Ex-presidente da Câmara de Porto classifica de “notável” o desempenho do Poder Local

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Rui Rio, o ex-presidente da Câmara do Porto participou hoje na Universidade Jota, que decorre na Estagem Encumeada, onde foi orador no almoço conferência sobre ‘Poder local, gestão e política’.

Oportunidade para tecer rasgados elogios ao Poder Local e criticar o despesismo da Administração Central.

À margem da intervenção feita para os jovens social-democratas, o ex-autarca que durante três mandatos governou o Porto, deu particular enfase à componente da gestão autárquica e em particular às vantagens da politica de proximidade.

“Nós devemos ter sempre o decisor o mais perto possível do problema. Porque quando o decisor está mais próximo do problema, a probabilidade de decidir bem é muito maior do que quando está longe”, salientou, apontando a Madeira como “um bom exemplo”, ao comparar as diferentes realidades do que era a Região há poucas décadas com o que é hoje.

Admite que houve erros de gestão, mas não tem dúvida que o balanço “é absolutamente brutal” e isso “deve-se muito à proximidade dos decisores”, garante.

A este propósito Rui Rio conclui que “o Poder Local tem uma obra absolutamente notável em Portugal após o 25 de Abril”, mais ainda quando comparada com o trabalho “muito pior” da Administração Central.

A prova desta discrepância diz estar bem patente no endividamento, lembrando que a dívida pública portuguesa representa 130% do Produto Interno Bruto. “Se retirarmos a dívida bancária das autarquias, será cerca de 127,5 a 128%. Ou seja, o endividamento público deste país foi feito pela Administração Central”, aponta. Rio considera que esta avaliação é a prova provada que as autarquias, em geral, tem realizado “um trabalho notável, praticamente sem endividamento”. Daí enaltecer a importância do Poder Local para a qualidade de vida das populações.