Madeira

Desempregados oriundos da Venezuela aumentam 42% em um ano

Perto de 1.500 já se inscreveram no Instituto do Emprego nos últimos dois anos

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A taxa de desemprego na Madeira tem vindo a ser influenciado nos últimos dois anos pela vinda de muitas pessoas oriundas da Venezuela. Se até ao trimestre anterior essa situação não se fez sentir no aumento da taxa trimestral, desta feita isso se fez sentir de forma assinalável.

Segundo nota do Instituto do Emprego, o crescimento da taxa de desemprego de 8,3% para 8,9% no 3.º trimestre de 2018 teve vários factores, um dos quais influencia “os resultados finais como o aumento do número de desempregados oriundos da Venezuela”.

Assim, “só no 3.º trimestre de 2018, o desemprego registado no Instituto de Emprego da Madeira de pessoas oriundas da Venezuela, ultrapassou o meio milhar, tantos como em todo o ano de 2016”, garante. “Comparativamente ao trimestre homólogo de 2017, traduz um aumento de 42%”.

“A juntar aos 545 totais de 2016 e aos 1.311 do ano passado, contavam-se 1.464 luso-descendentes até o final do mês de Setembro último”, inscritos no IEM, frisa a nota que refere que as estimativas do INE para o mercado de emprego divulgadas esta manhã, apontam para uma “um acréscimo de 0,6 pontos percentuais relativamente ao 2.º trimestre de 2018 (correspondente ao menor valor da taxa de desemprego registada desde o início de 2011) e um decréscimo de 0,4% face ao trimestre homólogo de 2017”.

“Apesar deste ligeiro aumento do desemprego, podemos afirmar que se mantém a tendência decrescente, menos 5,8 pontos percentuais do que no terceiro trimestre de 2015 em que a taxa de desemprego se situava nos 14,7%, corroborando, até então, a tendência decrescente verificada no desemprego registado pelo Instituto de Emprego da Madeira, que correspondente a inscritos identificados individualmente”, afiança.

Mais emprego ameniza

Saliente-se a nota da Direcção Regional de Estatística que recorda que “a população empregada situou-se nas 125,1 mil pessoas, o que constitui o valor mais elevado até agora registado na série em vigor (com início no 1.º trimestre de 2011)” e, ainda, que a “população empregada observou um acréscimo homólogo de 4,9% e um acréscimo trimestral de 1,1% (+5,8 mil pessoas face ao trimestre homólogo e +1,3 mil face ao trimestre anterior)”.