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Madeira

Covid-19 aumenta exploração laborar, diz PCP

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“A violência da exploração e a intensificação de formas de agressão directas contra os trabalhadores tem aumentado na Madeira nos mais diversos sectores de actividade económica”. A afirmação é do PCP que denuncia o que considera ser “exploração laborar” face ao agravamento da situação criada pela pandemia associada ao COVID-19.

O caso de uma dirigente sindical do CESP, do sector do comércio e serviços que foi agredida no seu local de trabalho pela chefia directa, depois de apontar falhas na atribuição de meios de protecção e de higiene pessoal para os trabalhadores que estavam em funções no manuseamento de produtos alimentares, é um dos exemplos apontado pelo PCP, advertindo para a existência de muitas outras formas de formas de violência contra os trabalhadores madeirense.

Segundo os comunistas, nos sectores da limpeza e da hotelaria estão a ser multiplicadas as “abusivas orientações por parte do patronato e de grupos económicos” para que os trabalhadores sejam “imediatamente obrigados a férias”.

Tal aconteceu no “Casino Parque Hotel’, do Grupo Pestana”, e no “Hotel The Vine”, onde “os patrões estão a fazer chantagem com os trabalhadores” para “usurpar direitos fundamentais”.

Outra das manifestações de violência contra os trabalhadores apontadas pelo PCP tem a ver com as “práticas de unilateral suspensão de actividade por parte de empresas sem qualquer respeito pela legalidade”, como o ‘lay-off no sector da hotelaria.

“O que na verdade está a acontecer é uma violência brutal sobre os trabalhadores desta Região Autónoma para que fiquem completamente descalços quanto a direitos no trabalho e no direito ao trabalho”, acusa o PCP denunciando “recurso à coação psicológica, à pressão e à dispensa dos trabalhadores para anular vínculos e não renovar contratos”.

Por esta razão, o PCP, através da sua representação parlamentar, “intervirá com o objectivo de exigir do Governo Regional medidas imediatas que salvaguardem os trabalhadores desta Região face ao ataque à vida dos trabalhadores”, uma vez que o COVID-19 “não pode servir para matar à fome os trabalhadores desta terra, nem para condenar à servidão os trabalhadores nestas ilhas”.

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