Madeira

Câmara Municipal do Funchal “tem preservado identidade da Zona Velha”

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A Assembleia Municipal do Funchal acolheu durante a tarde desta quarta-feira um debate específico, subordinado ao tema ‘Deveres de preservação e defesa da Zona Velha da cidade do Funchal’. O Presidente da Câmara Municipal, Miguel Silva Gouveia, e o restante executivo estiveram presentes na sessão, onde houve “a oportunidade de ouvir dois testemunhos, um da professora Ana Salgueiro, com a sua visão académica sobre a defesa da Zona Velha enquanto património identitário e imaterial do Funchal, e outro de João Carlos Abreu, que deu a sua visão histórica sobre como a Zona Velha passou a ter uma nova vida através da cultura e da realização de eventos”.

O presidente sublinhou que “a CMF teve, igualmente, a oportunidade de partilhar todo o trabalho que tem vindo a fazer, desde logo em termos de património edificado, procurando preservar um conjunto de edifícios que já são inclusivamente património classificado de interesse regional, com a criação da primeira Área de Reabilitação Urbana da Madeira, em 2015, e que envolve a Zona Velha da cidade, estabelecendo condições de reabilitação do património edificado muito favoráveis, com benefícios fiscais e isenções de taxas urbanísticas, e viabilizando ainda fontes de financiamento nacionais para o efeito, como é o caso do IFRRU.”

Miguel Silva Gouveia também enalteceu que, paralelamente, “tem sido desenvolvido um trabalho no sentido de promover a habitação naquela zona da cidade, e a CMF tem vindo a entregar vários apartamentos de habitação para fins sociais, depois de reabilitá-los e equipá-los.” Igualmente do ponto de vista cultural, “tem existido um trabalho de fundo, do qual são bons exemplos a reabilitação da Capela da Boa Viagem, que passou a ser um novo núcleo cultural da cidade, com um calendário próprio, a criação do Balcão de Cristal, um espaço teatral que também recuperámos, e ainda a promoção de múltiplos eventos na Zona Velha, como acontece com o maior festival de música urbana da Região, o Fica na Cidade, que tem um palco junto à Capela do Corpo Santo.”

O presidente acrescentou, por fim, que “através da Fiscalização Municipal, temos ainda procurado harmonizar a coexistência de espaços comerciais e espaços habitacionais, para que possa existir prosperidade económica, mas aliada à qualidade de vida de quem ali habita”, concluindo que “a CMF está a desenvolver um trabalho que tem dado frutos e que mantém a Zona Velha da cidade como uma referência, sendo que o Funchal faz parte da Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico e continuará a assumir a missão de preservar este que é o nosso património identitário.”