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Paulo Cafôfo disse que o Parque Ecológico do Funchal tem sofrido diversas intervenções que, “infelizmente, têm sido devastadas” por força da água e do fogo. O presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF) revelou que foi criado um grupo de trabalho para estudar e planear o que deve ser feito em termos de intervenções que passam pela eliminação de plantas infestantes e a introdução de algumas espécies.

“É importante que haja uma cintura que proteja toda esta zona, com árvores resistentes ao fogo. E é isso que está a ser estudado por esse grupo de trabalho, de forma a não termos este ciclo repetitivo de reflorestação, de investimento de largos milhares de euros e depois termos todo um trabalho inglório de muitas mãos e de muita vontade desfeitas em cinzas”, referiu na inauguração da renovada rampa de voo livre do Parque Ecológico do Funchal, que se realizou este manhã.

O presidente da CMF disse ainda que, em Abril, serão reveladas as conclusões do estudo que está a ser elaborado por esse grupo de trabalho.

Na oportunidade, Paulo Cafôfo referiu, no entanto, que existe um “problema” no que diz respeito às linhas de financiamento para a reflorestação. Isto tendo em conta que já houve, no passado, uma reflorestação no Parque Ecológico do Funchal e as regras da União Europeia “condicionam muito” que haja um novo investimento num local que, à partida, já ocorreu uma vez.

“Estamos a tentar que se abram as portas, até pelo impacto que tiveram os incêndios de Agosto, para que seja possível esse financiamento, porque realmente é necessário fazer um grande investimento”, frisou, acrescentando que a CMF está a intervir junto do Governo Regional e do Ministério do Planeamento para que haja uma sensibilidade junto da UE, tendo em conta que em 2018 irá haver uma reprogramação

Além disso, afirmou que também é importante a recuperação dos trilhos, adiantando que está já em concurso 600 mil euros para a recuperação dos antigos caminhos do Parque Ecológico do Funchal, com materiais do meio, sem betão, de forma e evitar a erosão e garantir o acesso em caso de incêndio e de acidente.

Sobre a rampa de voo livre, o chefe do executivo camarário disse que esta é “uma aposta certa, porque as condições que a cidade do Funchal tem são, realmente únicas”, sendo esta uma mais-valia para o turismo.