Madeira

Adesão à greve, no segundo dia de paralisação, chegou aos 85%

Greve dos enfermeiros decorre até às 24 horas de sexta-feira

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No segundo dia da greve nacional dos enfermeiros, a adesão no Serviço de Saúde da Região (SESARAM) atingiu os 84,56% no turno da tarde nos cuidados hospitalares. No resto do dia, nas unidades hospitalares, a adesão oscilou entre 81,25% (turno da noite) e 70,82% (turno da manhã). Nos Cuidados de Saúde Primários, a adesão à greve foi de 50,18% no turno da manhã e 51,65% no turno da tarde.

“Nesta altura, o maior impacto desta greve verifica-se a nível do Bloco Operatório, das Consultas Externas, atendimentos nos Centros de Saúde e na realização de exames não urgentes, onde foram canceladas cirurgias programadas, consultas e exames”, refere a informação disponível no site do SESARAM, onde é também salientado que “todas as situações urgentes estão a ser atendidas e os serviços mínimos estão a ser salvaguardados”.

A greve, marcada pelo Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE) e pelo SE, começou às 00:00 de segunda-feira e decorre até às 24:00 de sexta-feira.

O primeiro dia de greve, que teve uma adesão de 85%, ficou marcado por várias manifestações de enfermeiros frente a alguns dos principais hospitais portugueses, nomeadamente no Porto, Coimbra e Lisboa.

Os enfermeiros gritaram palavras de ordem e algumas das reivindicações que estão na base deste protesto de cinco dias.

A greve foi marcada como forma de protesto contra a recusa do Ministério da Saúde em aceitar a proposta de atualização gradual dos salários e de integração da categoria de especialista na carreira.

Na quinta-feira, os hospitais foram alertados pela tutela para estarem atentos a “eventuais ausências de profissionais de enfermagem” durante o período da greve, cuja marcação foi considerada irregular pela secretaria de Estado do Emprego.

Na Madeira, e depois da manifestação de ontem realizada à entrada do Hospital Dr. Nélio Mendonça, haverá nova manifestação, na sexta-feira, a partir das 15h30, com um cortejo que vai decorrer entre aquele hospital e terminar na Assembleia Legislativa da Madeira.