Madeira

5 milhões para converter estrume em combustível

O grupo Serlima está a estudar a instalação de uma Unidade de Tratamento Termoquímico na Região em 2019

Trata-se de uma aposta do grupo madeirense na área da agropecuária sustentável.
Trata-se de uma aposta do grupo madeirense na área da agropecuária sustentável.

O grupo Serlima, que opera na área da limpeza, está neste momento a estudar a possibilidade de montar na Madeira uma unidade industrial para converter resíduos de animais em combustível.

O projecto – que deverá custar 5 milhões de euros – encontra-se na fase preliminar de estudos, pelo não estará concluído antes de 2019.

O anúncio foi feito hoje pelo administrador para a área do Ambiente, João Botas, durante uma visita do vice-presidente do Governo Regional da Madeira, Pedro Calado, às instalações da Serlima, no Funchal.

“É um Ferrari em termos ambientais para a Região Autónoma da Madeira”, sublinhou João Botas, vincando que a Região Autónoma da Madeira conta neste momento com o equivalente a 170 mil cidadãos fantasma poluidores, que é a conversão ao ser humano dos resíduos produzidos pelo gado.

O combustível – produzido a partir do estrume e do chorume (resíduos líquidos) do gado – poderá, depois, ser aproveitado pela Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos da Madeira, gerida pela empresa ARM - Águas e Resíduos da Madeira, que tem actualmente défice de combustível, explicou o responsável. E acrescentou: “Caso a ARM não queria o nosso combustível também já temos um comprador internacional”.

“A Madeira, com a nossa solução e com menos 170 mil habitantes, pode inclusivamente divulgar perante o mundo inteiro que tem uma agropecuária sustentável”, concluiu João Botas.

O Grupo Serlima empregou no ano passado 4.150 trabalhadores ao nível nacional, dos quais 1.600 na região autónoma, onde tem a sede fiscal, sendo um dos maiores contribuintes líquidos de receitas fiscais.