Uma perigosa obsessão

A vida ensinou-me a não ir em cantigas e não ser mais uma ovelha no rebanho. Sou apartidário e oriento o meu voto consoante o candidato, os participantes das listas e os programas apresentados. Estava com esperança que o candidato do Partido Socialista viesse a ser uma alternativa, uma mudança para melhor tal como apregoavam, no entanto tem sido para mim uma grande deceção, com falta de conteúdo, e tenho verificado que não é senão uma caixa de ressonância de Lisboa. Na minha opinião o primeiro ministro não quer saber da Madeira para nada, o seu interesse e obsessão é sobretudo poder na noite das eleições apregoar que ganhou em todo o lado, inclusive na Madeira. Ou seja, usar a Madeira como um troféu eleitoral, até porque em relação àquilo que poderia ajudar pouco fez (hospital, ferry, TAP, etc). Se calhar estes senhores ganharem as eleições possivelmente seremos governados a partir de Lisboa, direta ou indiretamente, e as estruturas do Governo poderão contar com mais dirigentes a vir do continente para ocupar cargos na Região. A verdade é que o Governo do PSD Madeira teve um desempenho dececionante nos primeiros anos do mandato, mas surpreendentemente neste último terço do mandato tem realizado obra e cumprido as promessas e em alguns casos até tem ido além do prometido. Nunca votei PSD mas agora vou votar, e o motivo é este cenário que se propicia para fazer regredir tudo o que conquistaram os Madeirenses e Porto-santenses com os 40 anos de autonomia. Viva a Madeira. Viva a Autonomia.