Um Estado assistencialista

Raramente aparece mas quando o Dr Miguel Albuquerque o convoca, o Dr Jardim, lá do alto da sua arrogância e prepotência, proporciona-nos momentos hilariantes e mirabolantes. Aparece como se fosse o Messias ou a única tábua de salvação a quem o psd-m agarra-se, freneticamente, para ganhar as próximas eleições. Se, na verdade, o país (Madeira incluída) caminha para um Estado assistencialista, Jardim foi um dos grandes culpados mas agora procede como se nada tivesse a ver com isso, esquecendo-se que esteve à frente dos destinos da Região durante 37 anos mas sempre apostou no betão para ganhar eleições e nunca se importou com a miséria dos madeirenses. Foi com ele que a dívida sempre aumentou até mesmo no tempo das “vacas gordas. Se, como afirma M.Albuquerque, a dívida da Região tem vinda a baixar – não é a versão do Jornal Económico que afirmava que em Julho de 2019 a dívida da região havia subido 19 milhões de euros – é porque a Madeira só começou a reduzir a dívida após a saída do Dr. Jardim em 2015. Então em que ficamos? Alguém está a enganar alguém! Ou Jardim sempre foi um mau governante ou então Miguel Albuquerque está a fazer o milagre... das rosas. Aliás, já está mais que provado que Jardim foi sempre um esbanjador do dinheiro dos contribuintes que, mesmo após Guterres ter pago a totalidade da dívida da Madeira, em Setembro de 2011, Jardim duplicou-a no ano seguinte. Que moral tem o Dr Jardim para falar em dívidas, em Estado social ou assistencialista? Aliás, não fora a aposta no betão, durante o seu “reinado”, aproveitando-se dos rios de dinheiro provenientes da entrada de Portugal na U.E, a Madeira nunca teria saído do estado miserávelista em que vivia. Por via disto a maioria dos madeirenses foram ludibriados e acreditaram no “craque” colocando-o num pedestal, cuja base era o psd-m, não que fosse merecedor mas porque soube-se aproveitar da conjuntura, de então, quer financeiramente quer politicamente. Se o Dr Miguel Albuquerque quer tentar ganhar as eleições terá que agarra-se a outra boia porque aquela está rota e a meter água por todos os lados, quiçá, virá ainda a precisar do Estado assistencialista para comprar outra.