Obras na Rua da Casa Branca

Não me pronuncio sobre a utilidade e oportunidade das obras em curso na Rua da Casa Branca. Certamente, foram delineadas por técnicos competentes no intuito de resolver carências atuais e futuras, evitando a necessidade de novas obras, a médio ou a longo prazo, como algumas vezes acontece, por falta de um correto planeamento.

Incomoda-me a morosidade, pelo menos aparente, com que elas evoluem, prejudicando não só os residentes dessa zona da cidade, como o transito em geral, já que lhe retira uma alternativa à sobrecarregada Estrada Monumental, com todos os atrasos e transtornos que daí advêm.

Tudo isto me leva a colocar algumas questões.

Será de todo impossível manter uma faixa dessa rua aberta ao transito, naturalmente condicionado em algumas fases da obra? Não será possível aumentar o número de trabalhadores, o seu tempo de trabalho (fim-de-semana incluído), ou as duas soluções em conjunto?

A ideia com que ficamos é a de que, nesta como em outras obras semelhantes, o tempo de execução pouco importa. As áreas intervencionadas são como que capturadas pelas entidades que as promovem, exibindo a sua transitória autoridade misturada, algumas vezes, com demorados litígios e contenciosos venais, quando comparados com o grande incómodo que isso causa aos utentes desses espaços públicos.

Há que continuar a denunciar estas situações, pressionando os governantes a terem a preocupação constante de encurtar, ao máximo possível, a duração de qualquer obra que transtorne significativamente a população, mesmo que isso possa acarretar algum agravamento nos custos. Naturalmente com controlo, mas perfeitamente justificado, pelo bem estar que traz à comunidade.

Não basta dizer as pessoas são o centro da ação governativa . É preciso que se sinta isso no dia-a-dia de cada um.