O sucesso das organizações

Em qualquer organização o sucesso depende de vários fatores, a saber: o contexto/ambiente, um bom produto/serviço, uma quota de mercado que garanta os benefícios necessários à recuperação dos sacrifícios, uma liderança credível e uma boa organização (colaboradores). O mesmo se diga em relação às forças partidárias às quais se exige: um ambiente (contexto) favorável à sua ideologia; um programa (produto/serviço) que dê resposta aos problemas da comunidade; uma boa consciência política dos cidadãos que os leve a identificar claramente a força partidária (quota de mercado) que dê resposta aos seus anseios; um bom líder que saiba comunicar (carisma) o programa e, por último uma boa organização partidária desde as bases (concelhias) atá ao topo (secretariado). Analisemos as duas principais forças políticas em confronto a nível regional com base nos fatores de sucesso referidos. A nível do contexto (ambiente) o PS regional parece melhor posicionado pois a nível nacional o partido homólogo no poder tem feito um bom trabalho; quanto ao programa o PS regional apresenta alguma vantagem porque aposta em sectores, que têm sido descurados ou mal trabalhados pela atual governação, como a saúde, o mar e os sectores primários da economia; no que respeita ao eleitorado (quota de mercado) os social-democratas são mais fortes porque a dependência de grande parte da população quanto aos aspetos básicos da sua vida como o emprego, a habitação e outros mantém, apesar de algum desencanto, uma base de apoio fiel e bastante superior à do seu adversário; no que respeita à liderança os socialistas têm alguma vantagem porque o seu candidato não carrega o desgaste da governação jardinista do candidato do partido no poder o qual recebeu uma herança negativa de investimentos sem qualquer utilidade e uma dívida colossal que se transformou numa carga fiscal demasiado pesada para a população e, por último, a organização partidária (os órgãos de base/concelhias) é o fator que favorece claramente as hostes social-democratas que sempre souberam pôr a funcionar a sua máquina partidária com muita eficiência, ao longo de quatro décadas, ao contrário dos socialistas. Avaliando e ponderando o peso de cada um dos fatores, o que é subjetivo, parece-me expetável uma vitória dos social-democratas (os fatores em que apresentam vantagem têm demasiado peso) embora a sua superioridade seja de difícil quantificação.

Manuel João Baptista Rosa