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Mobilidade por questões sanitárias

Venho por este meio expor a situação que decorre na sequência da medida ontem imposta pela Autoridade de Saúde da Região Autónoma da Madeira.

Esta medida foi comentada pelos meios de informação na segunda-feira à noite afirmando que os próximos voos Lisboa - Funchal e vice-versa já só seriam realizados com a autorização de mobilidade por questões sanitárias. No entanto só ontem, depois da conferência, foi colocado o link na página na TAP (www.flytap.com) e dado o andamento à medida. Para todos os efeitos, ao tentar contactar a TAP e os restantes contactos facultados no aviso desta medida, ninguém atende o telefone, tampouco respondem a e-mails ou mensagens. Uma medida destas, tomada ontem quando se sabe que o próximo voo para a Madeira é na quinta-feira seguinte, ou seja, amanhã, dia 26 de Março, vem destabilizar por completo qualquer plano que quem reservou viagem fez.

Além de que não se consegue obter a autorização em 24h, também não se consegue decidir o que fazer quando não há respostas ou uma solução para a situação.

Esta medida devia ser implementada com tempo, não de um dia para outro. Uma solução seria esta medida ser aplicada apenas para as novas reservas feitas a partir do dia 25 de Março, já que a implementaram nesse dia. Outra solução para esta situação seria realizarem os testes de COVID-19 antes do embarque, ainda no aeroporto de Lisboa - não esquecendo e congratulando a medida da quarentena obrigatória a todos que chegam à ilha. Esta foi, de facto, a melhor medida tomada.

Há madeirenses a precisarem de voltar às suas casas, ainda que haja situações que possam ser de férias - o que, conscientemente, espero que ninguém o faça tendo presente que é necessário cumprir o tempo de quarentena - acredito que a maioria das pessoas está a viajar para regressar à sua habitação definitivamente.

Esta medida veio ainda impedir o regresso de madeirenses que se encontram no estrangeiro. Um caso próximo de mim soube na segunda-feira passada, dia 23 de Março, que ia ficar sem trabalho e sem casa ainda este mês. Quando planeia regressar à sua casa na Madeira, que é a única solução que tem, é impedida não só por causa desta medida da autorização de mobilidade por questões sanitárias mas também porque, ao contactar o Consulado Português do sítio onde se encontra, Jersey, é informada de que não têm planos de repatriamento. Estamos a falar de uma ilha que 8% da população é portuguesa, sendo a maioria destes madeirense.

Que soluções nos oferecem, nós madeirenses com residência na Madeira, nesta altura e nestes parâmetros?

Peço simplesmente que haja uma chamada de atenção para que, pelo menos, as pessoas nestas situações obtenham uma resposta e uma solução para conseguir colocar a sua vida minimamente em ordem. Uma resposta quer seja da companhia aérea, quer seja da Autoridade de Saúde ou do Governo Regional da Madeira. As pessoas só querem ter um pouco de estabilidade nesta altura tão crítica.

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