Greta Thunberg

É uma adolescente de 16 anos que abraça com crença a causa da defesa do AMBIENTE que é o mesmo que dizer da SOBREVIVÊNCIA da espécie humana e não só no Planeta Terra. O seu protagonismo está a surtir algum efeito não só pelos apoios mas também pelo incómodo que está a causar. Há incómodo de quem faz comparações paternalistas entre o ativismo de Greta e o de Malala Yousafzai a jovem paquistanesa que ousou desafiar o fundamentalismo talibã que nega os mais elementares direitos às mulheres como o de frequentar uma escola, questionando qual delas deveria ser a referência para os jovens. A resposta é óbvia AMBAS. Ambas representam causas nobres que sendo distintas nos seus objetivos imediatos não são contraditórias antes se complementam no sentido de uma luta contra comportamentos atentatórios seja contra as mulheres paquistanesas seja contra a humanidade. Não, não basta a piedosa intenção de tornar-mo-nos mais sensíveis às questões ambientais, isso é nada. Quanto à instrumentalização dos lobbies tê-mo-lo sido há demasiado tempo pelos que “fizeram” de nós consumidores compulsivos de bens e produtores de lixo e desperdício, pelo que não entendo de onde advém o “perigo” se eventualmente formos “vítimas” de lobbies contrários ao consumismo desenfreado, ao desperdício e à poluição que nos está a conduzir ao extermínio. Quanto à greve às aulas questiono-me para que servirá às crianças e jovens de hoje o que lhes ensinam atualmente na escola omitindo o fundamental que é a sua sobrevivência futura e que é o mesmo que dizer a sobrevivência futura do nosso Planeta. Se há quem tenha de se indignar e lutar são os jovens pois o que está em jogo é o futuro deles. Não sei se terão êxito face aos poderosos e bem instalados desta vida que entre contribuir para preservar o futuro de todos´incluindo os seus, preferem antes preservar o status-quo atual e a sua riqueza, não percebendo que a mesma se desvaloriza muito mais com o índice de poluição do que com o índice bolsista!