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Excesso de zelo

E é exactamente isso o que se está a constatar na nossa Região Autónoma. Excesso de zelo. A timidez na forma como se tem “desconfinado” desde que o país entrou no estado de calamidade e, considerando os bons resultados obtidos – temos que dizê-lo – no que respeita ao comportamento dos cidadãos, estou convencido que algumas medidas poderiam ter sido já abolidas a bem da nossa precária economia. Criaram-se regras que, de todo não estão a ser cumpridas. Além disso nem sempre vejo as autoridades a fazê-las respeitar. A excepção fica-se no essencial pelo uso da máscara em público que, apesar de tudo demorou a ser entendido como sendo de superior importância. O sucesso de práticas sanitárias e de segurança seguidas pela população, foi, e continua sendo uma realidade. Tudo bem. Agora, o que me intriga é verificar uma certa tendência para, na prática, inibir e de certa forma quase que, desaconselhar as pessoas a não virem para cá por via aérea sem o resultado do teste, sem os cento e cinquenta euros para o mesmo, sem a garantia sanitária e pior ainda, sem avião! Porque, enquanto isto, os que aqui estão, Madeirenses e não só, também não podem sair da ilha que nos aprisiona. Além disso, a gestão vergonhosa da TAP não é para elogiar. Não há um dia em que não se fale desta sempre surpreendente transportadora aérea Nacional, pelos piores motivos. E aqui também há excessos que não apenas de zelo. É tempo de acabar com as quarentenas obrigatórias e criar – finalmente – uma linha marítima para Lisboa, em alternativa aos aviões de bandeira do Sr. Primeiro Ministro. E termino com um sentimento Insular de eterno confinamento.

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